Vacina para o Papilomavírus Humano (HPV): fatores associados à aceitabilidade e nível de conhecimento entre adolescentes e pais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Jéssica Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-16102019-143827/
Resumo: Introdução: A infecção persistente pelo Papilomavírus humano (HPV) é o principal fator causal do câncer do colo do útero, terceira neoplasia de maior incidência em mulheres no Brasil. O exame de rastreamento, colpocitologia oncótica, e a vacina preventiva para o HPV viabilizam a prevenção total dessa neoplasia. Desde 2014 a vacina para HPV está disponível no Sistema Único de Saúde para adolescentes, contudo, a cobertura vacinal na população alvo está abaixo dos 80% preconizados pela Organização Mundial de Saúde, indicando a existências de barreiras à vacinação. Acredita-se que, quanto maior o conhecimento sobre a infecção por HPV, a vacina contra o HPV entre adolescente e pais e/ou responsáveis, menor serão as barreiras de vacinação e maior será a aceitabilidade dos mesmos, tornando-se fundamental a identificação de barreiras de aceitação e as lacunas de conhecimento na população alvo a ser vacinada e em seus pais/responsáveis. Objetivo: Analisar o nível de conhecimento e fatores associados sobre HPV, sua vacina quadrivalente, bem como sua aceitabilidade entre adolescentes e pais. Método: Estudo transversal e analítico realizado com adolescentes e pais ou responsáveis atendidos em equipamento de saúde vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 2015. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumento de coleta de dados contendo 24 questões que abordam o conhecimento e a aceitabilidade do HPV e sua vacina. O bom nível de conhecimento, de 60% de acerto, dos participantes foi estimado baseado em estudo piloto com amostra aleatória para adolescentes e para pais. Todas as análises foram realizadas utilizando-se o programa Stata® (Stata Corp, College Statiom, EUA) 14.0. Resultados: A principal fonte de informação para os adolescentes foi a escola (39%, n = 298), e para os pais, os profissionais de saúde (55%, n = 153). Os pais tinham um nível de conhecimento maior do que os adolescentes e tinham 148% mais chances de saber sobre alterações nos exames citopatológicos [RR 2,48, IC 95% 2,03- 3,01 (p < 0,001)], 43% mais conscientes de que o HPV era doença sexualmente transmitida [RR 1,43, 95% CI 1,22 - 1,68 (p < 0,001)], e 177% mais informados de que a vacina contra o HPV diminuía as verrugas genitais [RR 2,77, IC 95% 2,22 - 2,47 (p < 0,001)]. Adolescentes do sexo feminino sabiam 121% mais sobre o tópico do que do sexo masculino em mesma idade (RR 2,21; IC95% 1,34-3,65), e a escolaridade aumentou o conhecimento dos pais em 223% (RR 3,23, IC 1,30-8,06). Conclusão: Os fatores relacionados ao conhecimento adequado sobre o HPV e sua vacina entre os entrevistados foram sexo feminino para adolescentes e escolaridade para os pais. Lacunas de conhecimento são notadas mais entre adolescentes do que em pais