Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Montaldi, Marina Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-24042018-175647/
|
Resumo: |
A deglutição é caracterizada por ser uma função biológica complexa e coordenada que envolve o sincronismo entre as ações de músculos e sua conexão neurológica, na qual o alimento passa da cavidade oral para o estômago. Quando ocorre qualquer alteração no transporte do bolo alimentar da boca até o estômago, conseqüente a doenças neurológicas, trauma ou câncer de cabeça e pescoço, nós denominamos disfagia. Uma das principais causas neurológicas da disfagia é o acidente vascular encefálico (AVE). Dessa forma buscamos verificar a presença de sinais sugestivos de disfagia em um grupo de indivíduos que sofreram um ou mais AVE isquêmicos há no mínimo 3 meses e que estavam sem restrição de dieta, por meio de avaliação clínica fonoaudiológica e por meio do exame de videofluoroscopia da deglutição, e comparamos seus achados aos de um grupo considerado saudável. A hipótese foi de que, mesmo não tendo restrição relacionada à dieta ingerida por via oral, os pacientes poderiam ter ainda alguma alteração da deglutição. Foram avaliados e analisados, 33 pacientes e 19 pessoas saudáveis, no período de janeiro de 2015 a agosto de 2016. Os resultados demonstram que a idade média para os pacientes foi de 61,5 anos, e para os saudáveis de 59,9 anos. Na avaliação das estruturas da dinâmica da deglutição, observamos que a condição do grupo controle mostrou-se melhor que a do grupo estudo. Na avaliação clínica da deglutição observamos que houve sinais sugestivos de disfagia somente para a consistência líquida e para indivíduos do grupo estudo. Com relação aos resultados obtidos pelo exame de videofluoroscopia observamos que houve para ambos os grupos: movimentação de cabeça, presença de deglutições múltiplas, perda prematura do alimento para faringe e permanência de resíduo alimentar em valécula e/ou recessos piriformes, após as deglutições. Além disso, os resultados quantitativos não demonstraram significância entre os grupos, a exceção para o tempo preparatório oral para a consistência líquida no volume de 5 mL. Concluímos que não houve diferenças significativas entre os grupos estudados, ou seja, os pacientes não apresentaram alterações relevantes na deglutição. Tais achados nos levam a refletir e propor novos estudos, a fim de investigar de forma mais apurada a deglutição de indivíduos acometidos por AVE. |