Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pagura, Reynaldo José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-09022011-151705/
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Resumo: |
Embora o ato de traduzir a interação oral entre duas ou mais pessoas seja algo infinitamente antigo, a interpretação de conferências, como profissão, remonta ao início do Século XX, com as Conferências de Paz realizadas em Paris, ao final da Primeira Guerra Mundial. A profissão se consolida com a criação da Liga das Nações e, posteriormente, da Organização das Nações Unidas e com o aumento do número de congressos e reuniões científicas internacionais, além da criação de diversos organismos internacionais após a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, a interpretação desponta como profissão na segunda metade da década de 40 do século passado e vai-se consolidando aos poucos, ao longo das décadas seguintes. O presente trabalho tem como objetivo narrar e analisar criticamente a história da profissão no Brasil, a partir de depoimentos de seus diversos participantes, a saber intérpretes de conferência e formadores de intérpretes. O arsenal teórico que subsidia a coleta e análise das entrevistas parte de pressupostos da História Oral, sem, contudo, se limitar a tal abordagem teórica, inserindo-se na grade área de Estudos da Tradução, utilizando a visão do pesquisador insider proposta por Koskinen (2008). O ecletismo da metodologia abrange, ainda, a análise crítica de elementos da mídia, de correspondências por correio eletrônico e de informações de websites de alguns cursos de formação. A pesquisa inclui os primeiros eventos importantes e a criação da Associação Profissional de Intérpretes de Conferência (APIC), em 1971, em relato de sua idealizadora e primeira presidente, Ulla Schneider e das demais fundadoras vivas. O trabalho, tentando suprir uma lacuna nos Estudos da Interpretação no Brasil e em língua portuguesa como um todo, inclui ainda outras questões contemporâneas pertinentes à profissão, tais como o relacionamento entre intérpretes e desses com agenciadores e organizadores de eventos, além de apresentar uma visão de como a mídia brasileira vê os intérpretes. Inclui também uma panorâmica de grandes eventos internacionais realizados no Brasil, na voz de uma das principais coordenadoras de intérpretes, Simone Troula. Todo um capítulo é dedicado à formação de intérpretes no Brasil, não só em seu aspecto histórico, mas também no que tange à formação hoje em dia, comparando e contrastando os programas existentes no Brasil a seus congêneres internacionais. O trabalho finaliza com uma breve visão de possíveis cenários da profissão, a partir de novos elementos como a interpretação remota, a realização de eventos monolíngues, sobretudo em inglês, e a atuação cada vez maior de agenciadores de intérpretes. Conclui-se o estudo com algumas sugestões para pesquisas futuras em relação à área de estudo abordada. |