Estratégias para aumentar a recuperação de estruturas embrionárias de búfalas superovuladas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Soares, Júlia Gleyci
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-16092015-111659/
Resumo: Apesar de inúmeros estudos desenvolvidos no Brasil e no mundo, a utilização das biotecnologias de superovulação (SOV) e transferência de embriões (TE) em bubalinos ainda apresenta resultados inconsistentes, associados à principalmente à baixa taxa de recuperação de embriões. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da utilização de dispositivo de P4 (para promover diminuição da contratilidade do trato genital, Capitulo 1) ou da administração de PGF2&#945; (para promover aumento da atividade da fímbria e da frequência do batimento ciliar, Capítulo 2) durante o período periovulatório na captação dos oócitos pelas fímbrias e no aumento da produção de embriões em búfalas superovuladas. No Experimento 1 (Capítulo 1), doadoras bubalinas foram homogeneamente divididas em dois grupos: controle (G-C; n=8) e tratamento com progesterona (P4) durante o período periovulatório (G-P4; n=8). A emergência da onda de crescimento folicular foi sincronizada com um dispositivo intravaginal de P4 e a administração de 2 mg i.m. de benzoato de em dia aleatório do ciclo estral (Dia 0; D0). A partir do D4, todas as búfalas receberam 200 mg i.m. de FSH duas vezes ao dia, em 8 doses decrescentes. Foram administrados 530&micro;g i.m. de PGF2&#945; no D6 e no D7. A P4 foi removida do G-C no D7 e do G-P4 no D10. No D8, todas as búfalas receberam 25 mg i.m. de pLH. As inseminações foram realizadas 12 e 24 h após o tratamento com pLH. Foram realizadas colheitas de sangue a cada 12h do D7 ao D11 para posterior dosagem de progesterona. As estruturas embrionárias (oócitos/embriões) foram coletadas pelo método não cirúrgico de lavagem uterina seis dias após a segunda IA (D14). Avaliações ultrassonográficas dos ovários foram realizadas no D8 e no D14 para aferir respectivamente as respostas superestimulatória e superovulatória. As variáveis foram analisadas pelo procedimento GLIMMIX do SAS®. As búfalas do G-P4 apresentaram menor taxa de ovulação (13,5±4,9 vs. 71,5±16,1%; P=0,002) e, consequentemente, maior taxa de folículos &ge; 8 mm (87,8±10,6 vs. 34,3±9,8 %; P=0,06) e menor número de CLs no D14 (1,1±0,3 vs. 8,0±2,8; P=0,04) que as búfalas do G-C. O número de estruturas embrionárias (1,9±0,7 vs. 0,0±0,0; P=0,03), de embriões transferíveis (1,6±0,7 vs. 0,0±0,0; P=0,04) e congeláveis (1,6±0,7 vs. 0,0±0,0; P=0,04) foram inferiores para o G-P4. A concentração sérica de progesterona foi maior nos animais do G-P4 (1,87±0,13) que nos do G-C (0,48±0,10; P<0,0001). No Experimento 1 (Capítulo 2), as doadoras foram divididas aleatoriamente em 2 grupos: controle (G-C; n=22) e tratamento com prostaglandina F2&#945; durante o período periovulatório (G-PGF; n=22). Os animais do G-C foram submetidos ao protocolo de superovulação descrito no capítulo 1. No G-PGF todas as búfalas receberam protocolo de superovulação semelhante ao G-C e, adicionalmente, receberam quatro doses de PGF2&#945; (0,53 mg i.m. de cloprostenol sódico) do D8 ao D10 com intervalo de 12h. Foi verificado maior número de estruturas embrionárias recuperadas em búfalas superovuladas tratadas com PGF2&#945; durante o período periovulatório (G-PGF=3,5±0,6) comparado ao grupo controle (G-C=2,3±0,5; P=0,02). Além disso, houve aumento no número de embriões transferíveis (G-PGF=2,7±0,6 vs. G-C=1,8±0,5; P=0,05). No Experimento 2 (Capítulo 2), os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais: Grupo Controle (GC; n=22), Grupo PGF injetável (G-PGF-INJ; n=22) e Grupo PGF Bomba Osmótica (G-PGF-BO; n=22). Os animais pertencentes aos grupos: G-C e G-PGF-INJ foram submetidos aos mesmos protocolos descritos para seus grupos correspondentes no Experimento 1 (Capítulo 2). No GPGF- BO, todas as búfalas receberam protocolo de superovulação semelhante ao G-C e, adicionalmente, receberam a partir do D8 a inserção subcutânea de uma mini-bomba osmótica, contendo PGF2&#945; (2,12 mg de Cloprostenol sódico). A bomba osmótica retirada no D10. Não foram verificadas diferenças no número de estruturas totais recuperadas nas búfalas tratadas com PGF&#945; durante o período periovulatório (G-C=2,1±0,8 vs. G-PGF-INJ=2,1±0,6 vs. GPGF- BO=1,4±0,4; P=0,58). Os tratamentos no período periovulatório com dispositivo intravaginal de P4 (Capítulo 1) e com PGF2&#945; (Capítulo 2) não foram eficientes em aumentar a recuperação de estruturas embrionárias de búfalas superovuladas.