Produção e coleta de embriões pelo método não cirúrgico em ovelhas Morada Nova

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Arrais, Aline Matos lattes
Orientador(a): Mello, Marco Roberto Bourg de
Banca de defesa: Souza, Joanna Maria Gonçalves de, Dias, Ângelo José Burla, Ferreira, Joaquim Esquerdo, Oliveira, Rodrigo Vasconcelos de, Jesus, Vera Lucia Teixeira de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10148
Resumo: O objetivo do presente estudo foi viabilizar a produção e coleta de embriões pelo método não cirúrgico (NSER) em ovelhas Morada Nova, uma vez que o uso desta técnica pode contribuir para o Programa de Conservação de Recursos Genéticos desta importante raça brasileira, aumentando o número de embriões nos bancos de germoplasma. Este estudo foi realizado em duas etapas sendo que na primeira, foi comparada a produção de embriões in vivo de doadoras submetidas a diferentes protocolos de sincronização de estro e/ou superovulação. As ovelhas receberam esponjas intravaginais embebidas em 60 mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP), as quais foram mantidas por seis (G6; n = 12), nove (G9; n = 12) ou 12 (G12; n = 12) dias. Metade das ovelhas em cada grupo permaneceu sincronizada (SYNCH) enquanto a outra metade foi superovulada (SOV) com hormônio folículo estimulante suíno (pFSH). Das variáveis analisadas, houve diferença no início do estro que ocorreu 10-12 h depois (P <0,01) em ovelhas G9SYNCH quando comparadas a G6SYNCH e G12SYNCH, e a duração do estro foi 19 h maior (P <0,01) em G9SOV do que em G6SOV. A duração média do procedimento de coleta foi de 32,6 ± 1,3 min. Pelo menos uma estrutura foi recuperada em 85,7% das ovelhas sincronizadas e em 87,5% das superovuladas. As taxas de recuperação de embriões viáveis também foram semelhantes (P> 0,05) para os grupos sincronizados e superovulados: G6 (1,0 ± 0,3 e 2,5 ± 1,5), G9 (1,3 ± 0,5 e 4,8 ± 2,0) e G12 (1,0 ± 0,3 e 4,8 ± 2,3). Conclui-se que o pré-tratamento com diferentes durações de progesterona pode ser empregado em ovelhas Morada Nova, resultando em taxas de recuperação embrionária viáveis em animais sincronizados e/ou superovulados. Na segunda etapa, procurou-se correlacionar quantidade de folículos acima de 2 mm de diâmetro no momento da última dose de pFSH com a resposta superovultória (número de corpos lúteos) e a produção de embriões (quantidade de blastocisto e qualidade embrionária) em ovelhas sincronizadas com os dois tratamentos mais promissores do experimento anterior (G9 e G12). A contagem total de folículos com diâmetro ≥ 2 mm dobrou entre a 1ª e a 6ª dose de pFSH em ambos os grupos de ovelhas (P <0,05). As respostas ao estro não variaram entre os dois subconjuntos de ovelhas Morada Nova e foram em média 95,2%. Corpos lúteos (CL) foram detectados em 85,0% e 60,0% das ovelhas que apresentaram cio, respectivamente, nos grupos G9 e G12. A NSER foi concluída com sucesso em 86,2% de todas as ovelhas estudadas. O número médio de CLs por doadora e por doadora lavada com sucesso foi maior (P <0,05) no G12 (12,3 ± 1,7 / 12,1 ± 1,9) do que no G9 (7,9 ± 1,4 / 8,2 ± 1,6). O número médio de blastocistos recuperados e de embriões viáveis foi maior (P <0,05) para G12 (5,8 ± 1,9 e 3,7 ± 1,7) do que para G9 (3,5 ± 1,1 e 0,8 ± 0,3, respectivamente). A contagem total de folículos no momento da aplicação da 6ª dose de pFSH no grupo G12 foi positivamente correlacionada (P <0,05) com o número de CLs (r = 0,95) e com o de embriões viáveis (r = 0,91). Conclui-se que o protocolo de sincronização de estro baseado na utilização de P4 por 12 dias resultou em melhores resultados superovulatórios quando comparado ao protocolo de 9 dias e que a contagem total de folículos na última dose de pFSH foi um bom preditor de resposta superovulatória apenas nas ovelhas tratadas com P4 por 12 dias.