Evolução clínica a longo prazo de obesos graves diabéticos e não diabéticos, submetidos a derivação gástrica em Y de Roux/DGYR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Yamaguchi, Camila Michiko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-27022014-152112/
Resumo: Introdução: Os mecanismos responsáveis pela evolução do diabetes associado à obesidade entre pacientes bariátricos são alvos de muitos estudos atualmente. As principais linhas de pensamento envolvem alterações no índice de massa corporal (IMC), hormônios gastrointestinais, inflamação sistêmica e a reformatação ou reeducação alimentar. A maioria destes quesitos foi examinada sob a ótica do curto prazo, sendo que informações concernentes a casos com 10 anos de pós-operatório ainda são escassos. Objetivos: Avaliar o desfecho da homeostase glicídica tardio após a DGYR, em pacientes com e sem diabetes prévio, e documentar os parâmetros clínicos e nutricionais que diferenciem estes grupos. Metodologia: Estudo observacional controlado retrospectivo e prospectivo de 100 pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux. Estes pacientes foram divididos em dois grupos iniciais, um com diabetes no pré-operatório e outro sem diabetes. Em seguida, os dois foram subdivididos em quatro subgrupos conforme a evolução do diabetes, sendo eles refratário, responsivo, estáveis e não estáveis, respectivamente. Dados demográficos, laboratoriais, nutricionais, prescrições medicamentosas e evolução clínica do diabetes no pós-operatório a longo prazo foram coletados. Resultados: Dos 96 pacientes efetivamente avaliados, a idade situou-se em 50,39 (± 10,98) no grupo refratário, 56,63 (± 8,29) no grupo responsivo, 47,62 (± 10,72) no grupo estável e 48,17 (± 10,45) no grupo não estável. O sexo feminino prevaleceu em todos os grupos. Uma taxa de 66,7% dos pacientes com diabetes alcançaram a remissão da doença após a DGYR, o tempo de diagnóstico de diabetes pré-operatório se relacionou com o grupo refratário, e uma população de novos diabéticos se configurou tardiamente em pacientes sem a doença no período pré-operatório. Conclusão: 1) A derivação gástrica em Y de Roux induziu remissão em 66,7% dos pacientes com diabetes prévio; 2) O tempo de diagnóstico de diabetes tipo 2 esteve associado com ausência da resposta cirúrgica; 3) Pacientes euglicêmicos desenvolveram diabetes após a intervenção na proporção de 17,7%, comprovando que a proteção do procedimento bariátrico contra a instalação do diabetes tipo 2 se atenua com o passar dos anos; 4) Tanto os pacientes com a glicemia anormal quanto os euglicêmicos submetidos à DGYR, necessitam de um seguimento a longo prazo do homeostase glicídica