Os debates médicos sobre as epidemias de febre amarela em Campinas (1889-1890)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Felipe Nascimento da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-08012013-120133/
Resumo: Durante os anos de 1889 e 1890 uma forte epidemia se abateu sobre Campinas. Alguns médicos diziam ser a temida febre amarela, outros, no entanto, não concordavam com o diagnóstico e supunham ser alguma outra das tantas febres que reinavam na cidade. E a doença voltaria a se manifestar em 1890, colocando na pauta do dia antigas discussões. Mesmo considerando que as epidemias que se abateram em Campinas foram realmente de febre amarela, as discórdias entre os médicos evidenciavam o quanto alguns aspectos da doença ainda eram desconhecidos da comunidade médica; essas desavenças sugerem também que, ao contrário do que indica a bibliografia sobre a história da cidade de Campinas, nem sempre a classe médica daquela cidade superou suas discórdias particulares em favor da erradicação da doença na cidade. O tema da febre amarela em Campinas é pouco comentado na bibliografia sobre a história daquela cidade, e, em tais exceções, a perspectiva das narrações sempre recaia sobre os esforços de médicos e sanitaristas em vencer a doença e livrar Campinas dos infortúnios da febre amarela, prevalecendo sempre a figura de determinados personagens. Dessa maneira, ao invés de seguir essa linha costumeira e considerar apenas os esforços considerados efetivamente válidos no combate à febre amarela, interessa-nos mais observar, no próprio contexto, quais eram as percepções que aqueles clínicos possuíam sobre a doença e como essas percepções ditavam suas práticas médicas.