Espaços de cura, práticas médicas e epidemias: febre amarela e saúde pública na cidade de Paranaguá (1852-1878)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Dolinski, João Pedro
Orientador(a): Benchimol, Jaime Larry
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19767
Resumo: O objeto da pesquisa concentra-se em analisar a saúde pública e as epidemias de febre amarela na cidade de Paranaguá a partir de uma perspectiva regional e dentro de um período que se estende de 1852 a 1878. As principais manifestações da doença em Paranaguá ocorreram nos anos 1856-1857 e 1877-1878. A pesquisa pretende sistematizar um estudo até então tratado de forma muito tímida pela historiografia de Paranaguá. Portanto, este trabalho se justifica pela proposta de avanço ao debate historiográfico ligado à saúde, à doença e às ciências no Brasil. O autor problematiza as seguintes questões: como se deu a formação dos espaços de cura em Paranaguá? Como eram elaboradas as medidas de prevenção às doenças? Quais os atores envolvidos nesse processo? Que estratégias foram utilizadas por essas personagens? Quais eram as negociações, os conflitos, as controvérsias, os embates e as tensões vivenciadas no campo da saúde pública naquela região durante a segunda metade do século XIX? Especificamente, a proposta do autor é analisar as repartições públicas de Paranaguá ligadas à saúde, como a Santa Casa de Misericórdia e o lazareto da Ilha das Cobras; examinar as principais epidemias de febre amarela, buscando entender as tensões, reações e conflitos vivenciados pela população durante a ocorrênciados surtos; recuperar e contextualizar as teorias científicas que embasaram as medidas sanitárias adotadas por médicos e autoridades locais; discutir a trajetória profissional e a importância para a saúde e a ciência local do médico Leocádio José Correia e, por fim, situar ações, reações e práticas ocorridas no âmbito da medicina e da saúde em Paranaguá com contextos mais amplos, comparando-as com realidades de outros lugares do país. Nesse sentido, analisar as epidemias, os espaços de cura e as práticas médicas em Paranaguá, significa compreender a formação da saúde pública no Paraná.