Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Cooper, Miguel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20190821-122225/
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Resumo: |
Numa área situada dentro da Depressão Periférica Paulista no Campus da USP em Piracicaba (SP) estabeleceu-se as relações entre os processos pedogenéticos morfogenéticos e a estratigrafia do topo e ombro de uma topossequência sobre diferentes materiais de origem. Várias questões foram estudadas como a origem do horizonte microagregado, a transição entre este horizonte microagregado (Bw) e outro com estrutura macroagregada poliédrica (Bt), a origem da "stoneline" e a relação entre a evolução da paisagem e o material de origem dos solos. O estudo foi realizado nos segmentos de topo e ombro de uma topossequência de 2600m de extensão. Estudos analíticos, morfológicos e micromorfológicos foram feitos em três trincheiras e num barranco de estrada que atravessa a área. No topo tradagens profundas foram realizadas procurando estudar a origem da stoneline e a uniformidade do material. A identificação e interpretação das descontinuidades existentes entre os diferentes materiais foi realizada com base nas observações de campo, na análise estatística da distribuição das areias, nas determinações de Zr, Ti, quartzo e suas relações, e no exame micromorfológico do esqueleto. A estratigrafia da área apresenta na sua parte mais elevada um depósito formado por sedimentos arenosos inconsolidados neocenozóicos provavelmente correlatos à formação Rio Claro (TQir) que se assentam sobre os sedimentos do permiano superior da formação Irati (Pi). Lado a lado e formando uma transição abrupta com os sedimentos arenosos, um segundo depósito neocenozóico composto por um material argiloso e vermelho assenta-se sobre a formação Irati (que encontra-se mais elevado junto ao sill) e um sill de diabásio. Descendo na vertente para o ombro e a meia encosta, o diabásio passa a ser o material de origem dos solos. A presença de descontinuidades litológicas entre os diferentes materiais e de duas stonelines de origem alóctone em posições diferentes, confirmaram a existência de dois eventos deposicionais diferentes. Estes eventos teriam sido ocasionados pelas alternâncias climáticas ocorridas durante o quaternário. O primeiro evento corresponderia à deposição dos sedimentos arenosos na forma de alvéolos escalonados durante um clima semiárido, correlacionado com a fase glacial Danube, formando o pedimento Pdl. Estes sedimentos foram transportados de posições a montante e depositados em soleiras regionais formadas pelos sills e diques de diabásio expostos durante a escavação da Depressão Periférica. O segundo evento deposicional foi caracterizado por um entalhamento posterior do pedimento Pdl, durante uma fase úmida, seguido de um processo de pedimentação durante um clima semiárido, correlacionado com a fase glacial Gunz, que depositou os sedimentos vermelhos e argilosos, originados do próprio sill de diabásio, formando uma superfície pedimentar que se correlaciona com o pedimento P2. O estudo da gênese dos microagregados mostrou a participação de mais de um processo na formação destes. Três processos foram evidenciados: o da ação mecânica da mesofauna formando os microagregados ovais com esqueleto triado, o da formação de microagregados ovais sem esqueleto triado por processos geoquímicos e o da fissuração do fundo matricial por processos de expansão e contração formando os microagregados poliédricos. A transição lateral entre o horizonte Bwst e Bt foi atribuída à coalescência dos microagregados, provocada pela aparição de tensões durante um período mais seco que o atual. A passagem posterior para um clima mais úmido com estação seca definida, provocaria ciclos alternados de umedecimento e dessecação mais frequentes que resultam na fissuração do material formando os agregados poliédricos. Concomitantemente a estes processos, a argiluviação estaria presente, provocando a cimentação dos microagregados e preenchendo o espaço poroso. |