Gota d\'água: entre o mito e o anonimato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Marinho, Cecilia Silva Furquim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-03102013-105036/
Resumo: O trabalho investiga a feição dos versos que dão vida à peça Gota dágua de Chico Buarque e Paulo Pontes, escrita e encenada em 1975. Procura desvendar a maneira como os versos se compõem na formação da estrutura dramática da peça e os efeitos que produz no leitor ou no espectador. Como a peça dialoga intensamente com o momento cultural e político dos anos 1970, há uma busca do ponto de encontro entre a realização estética concebida e os projetos culturais ou outras motivações extra-textuais que tenham influenciado a sua composição. O estudo abrange a realização sonora que se dá (ou que se imagina) no palco, os aspectos poéticos, lírico-musicais da peça, sua característica dramático-épica e os temas e idéias que permeiam o plano de conteúdo da obra. A análise foi feita em grande parte contrapondo Gota dágua com a obra que pretende recriar: a Medeia de Eurípides. Os diversos elementos manipulados no trabalho ora se complementam, ora se chocam, criando uma mescla significativa e de apreciação controversa, sobre a qual artistas e pesquisadores têm se debruçado no questionamento da produção teatral brasileira. Tais elementos são a absorção do popular e do erudito, da identificação catártica e do distanciamento crítico, da experiência totalizante do mito e daquela que é comum, socialmente demarcada por delineamentos temporais e espaciais, dentre outros exemplos.