Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Romano, Marcelo Luz Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5178/tde-19082021-150050/
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Resumo: |
Introdução: Evidências de estudos observacionais em síndrome da angústria respiratória aguda (SARA) demonstram que a driving pressure é fortemente associada à lesão pulmonar e à mortalidade, de modo independente dos valores de PEEP, volume corrente (Vt) ou pressão de platô. Objetivo: Avaliar a factibilidade de testar estratégia de ventilação mecânica com driving pressure limitada em comparação à estratégia convencional (estratégia ARDSNet) em pacientes com SARA e que apresentavam driving pressure maior ou igual a 13 cmH2O, com Vt de 6 mL/kg de peso predito (PBW). Desenho, métodos e participantes: Ensaio clínico randomizado piloto, multicêntrico, conduzido em 5 UTI´s brasileiras entre junho de 2015 e fevereiro de 2017, com alocação sigilosa e com análise por intenção de tratar, comparando uma estratégia de ventilação mecânica com driving pressure limitada, versus a estratégia convencional (estratégia ARDSNet) em pacientes com SARA. Intervenções: Os pacientes que foram alocados para a estratégia driving pressure, foram ventilados na modalidade volume-controlado ou pressão de suporte, com volume titulado entre 4 e 8 mL/kg PBW, para manter driving pressure de 10 cmH2O (ou a menor possível). O grupo controle foi ventilado conforme o protocolo ARDSNet, com volume corrente de 6 mL/kg PBW, podendo ser reduzido (para até 4 mL/kg PBW) se platô >30 cmH2O. Desfecho primário: O desfecho primário foi a driving pressure nos dias 1 a 3. Resultados: Foram randomizados 31 pacientes, 16 para o grupo driving pressure limitada e 15 para o grupo estratégia convencional. As variáveis ventilatórias e gasométricas estavam balanceadas entre os grupos no início do estudo (baseline). A maioria dos pacientes apresentava SARA leve, com relação PaO?/ FIO? média de 215 (desvio padrão [DP], 95). A driving pressure média de base foi de 15 cmH2O ([DP], 2,6) nos grupos. Em comparação ao grupo convencional, a driving pressure reduziu em média 4,6 cmH2O (IC 95% 2,8 a 6,5; P<0,001) no grupo driving pressure limitada, a partir da primeira hora até o terceiro dia. Não houve diferença estatisticamente significativa nos seguintes desfechos secundários: mortalidade nos primeiros 28 dias de interação hospitalar; ocorrência de barotrauma nos primeiros sete dias de internação; presença de acidose metabólica severa (ph <7,1) desde a primeira hora até o sétimo dia de internação e a necessidade de reintubação em 28 dias. Conclusão e relevância: Em pacientes com SARA, uma estratégia de ventilação mecânica com driving pressure limitada por meio do uso de volumes correntes muito baixos é factível em comparação à estratégia convencional. |