Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Campos, Niklas Soderberg |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-14012022-154855/
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Resumo: |
Permanece incerto se a estratégia de ventilação intraoperatória com alta pressão positiva ao final da expiração (PEEP) associada a manobras de recrutamento alveolar melhora os desfechos clínicos de pacientes submetidos a cirurgia geral. Três ensaios clínicos randomizados multicêntrios (PROVHILO, iPROVE e PROBESE) falharam em demonstrar benefício estatisticamente significativo da PEEP alta com manobras de recrutamento alveolar com relação à ocorrência de complicações pulmonares pós-operatórias. Uma metanálise de dados individuais de pacientes dos três ensaios clínicos foi realizada para avaliar se a PEEP alta com manobras de recrutamento alveolar reduz a ocorrência de complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes submetidos a cirurgia geral. Os dados de pacientes adultos com risco aumentado para complicações pulmonares pós-operatórias que foram submetidos a cirurgia não cardiotorácica e não neurológica sob anestesia geral incluídos nos três estudos foram agrupados. Os três ensaios envolveram pacientes de 128 hospitais, em um total de 24 países, de fevereiro de 2011 a fevereiro de 2018. Os grupos estudados foram PEEP alta com manobras de recrutamento alveolar (n = 1913) vs PEEP baixa (n = 1924). Todos os pacientes receberam ventilação controlada a volume com volume corrente alvo 8 ml/kg de peso corporal previsto. O desfecho primário foi um composto de complicações pulmonares na primeira semana de pós-operatório, incluindo insuficiência respiratória leve e grave, síndrome do desconforto respiratório agudo, broncoespasmo, infecção pulmonar, derrame pleural, atelectasia e pneumotórax. Os desfechos secundários incluíram eventos adversos intraoperatórios, um composto de complicações pulmonares pós-operatórias graves em que a insuficiência respiratória leve foi ignorada, um composto de complicações pós-operatórias graves, complicações extrapulmonares, admissão em unidade de terapia intensiva não planejada, tempo de internação hospitalar e mortalidade. Foram testadas as interações entre tratamento e subgrupos criados de acordo com características dos pacientes, procedimentos e cuidados realizados. Dos 3.925 pacientes randomizados, 3.837 (97,7%) completaram os ensaios (idade média de 56,3 anos; 2.104 [55%] mulheres; 3.640 [95%] foram submetidos a cirurgia abdominal). O desfecho primário ocorreu em 562 pacientes (29,5%) no grupo de PEEP alta e em 620 (32,3%) pacientes no grupo de PEEP baixa (razão de chances não ajustada, 0,87 (intervalo de confiança [IC] de 95%, 0,75 a 1,01; p = 0,06). Menos pacientes do grupo de PEEP alta precisaram de resgate intraoperatório para dessaturação (4,5% vs. 11,2%; razão de chances não ajustada, 0,34 [IC 95%, 0,26 a 0,45]; p < 0,001) e mais pacientes no grupo de PEEP alta tiveram hipotensão intraoperatória (41,0% vs. 30,1%; razão de chances não ajustada, 1,87 [IC 95%, 1,60 a 2,17]; p < 0,001). Dos 14 desfechos secundários pré-especificados, 11 não foram significativamente diferentes entre os grupos e três foram significativamente diferentes, incluindo menos pacientes precisando de resgate para dessaturação no grupo de PEEP alta e menos pacientes desenvolvendo hipotensão e precisando de drogas vasoativas no grupo PEEP baixa. Nesta metanálise de dados de pacientes de três ensaios clínicos randomizados de ventilação em pacientes submetidos a cirurgias não cardiotorácicas e não neurológicas, durante ventilação com volume corrente protetor, o uso intraoperatório de PEEP alta associado a manobras de recrutamento alveolar não reduziu de forma estatisticamente significativa as complicações pulmonares pós-operatórias |