Estudo prospectivo e randomizado de aplicação do pó hemostático versus clipagem endoscópica no tratamento da hemorragia digestiva alta não varicosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Baracat, Felipe Iankelevich
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-24032022-115820/
Resumo: Introdução: apesar dos consideráveis avanços farmacológicos e endoscópicos no tratamento da hemorragia digestiva alta não varicosa (HDANV), sua mortalidade se mantém inalterada. O TC-325 (Hemospray - Cook Medical) é um pó mineral com propriedades adsortivas, projetado para a hemostasia endoscópica. Até o momento, não existem ensaios clínicos comparativos que avaliam esta nova modalidade hemostática. Objetivo: comparar o uso do pó hemostático (TC-325) associado à injeção de solução de adrenalina, com a técnica endoscópica combinada da aplicação do clipe metálico em associação com a injeção de solução de adrenalina para o tratamento de pacientes com HDANV. Métodos: foi conduzido um ensaio clínico randomizado e controlado com pacientes apresentando HDANV com sangramento ativo ao exame endoscópico. Os pacientes foram randomizados entre os grupos do pó hemostático (grupo 1) e do clipe metálico (grupo 2). A lista da randomização foi gerada a partir de software de computador e permaneceu desconhecida aos autores durante toda a pesquisa. Todos os pacientes foram submetidos a uma reavaliação endoscópica precoce após a terapia hemostática (exame de controle). Resultados: trinta e nove pacientes participaram da pesquisa. A úlcera péptica foi a etiologia mais frequente do sangramento. A hemostasia primária foi alcançada em todos os pacientes do grupo 1 e em 90% dos pacientes do grupo 2 (p = 0,487). Cinco pacientes do grupo 1 foram submetidos a uma terapia hemostática endoscópica adicional durante a reavaliação endoscópica, enquanto nenhum paciente do grupo 2 apresentou esta necessidade (p = 0,04). As taxas de ressangramento, necessidade de cirurgia de urgência e mortalidade foram similares entre os dois grupos. Não foi detectada nenhuma toxicidade, evento alérgico ou casos de obstrução gastrointestinal nos pacientes submetidos ao tratamento com pó hemostático. Conclusão: o uso do pó hemostático apresenta resultados similares ao emprego da técnica endoscópica combinada de clipe metálico e solução de adrenalina no controle da hemorragia. A elevada taxa de hemostasia primária do pó hemostático, particularmente em situações adversas como sangramento intenso ou posição anatômica desfavorável do foco do sangramento, justifica o emprego desta nova modalidade terapêutica