Sociedades culturais, sociedades anônimas: distinção e massificação na economia da cultura brasileira (Rio de Janeiro e São Paulo, 1890-1922)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moraes, Julio Lucchesi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-15062015-104429/
Resumo: A presente tese analisa os aspectos econômicos do financiamento e gestão da cultura brasileira no período 1890 a 1922 nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A argumentação baseia-se em amplo levantamento de dados quantitativos extraídos de fontes documentais primárias custodiadas por arquivos históricos brasileiros e internacionais, relativas à dinâmica de iniciativas, espaços e instituições de distintos suportes artísticos música, teatro, cinema e artes plásticas. Mais do que um simples arrolamento de dados, empreende-se aqui um esforço sintético, centrando atenções na identificação de macrofuncionalidades econômicas no universo da cultura em suas mais diferentes manifestações. Em diálogo com grandes nomes da teoria cultural internacional como Pierre Bourdieu e Theodor Adorno, o foco da pesquisa é a identificação e compreensão da ação de duas forças sociais estruturantes: a massificação e a distinção. Coligados, antagônicos e mutuamente influentes, serão esses os dois vieses centrais para a estruturação dos circuitos culturais brasileiros. As duas forças se farão presentes nas mais diversas atividades culturais do período. A resultante dessa complexa interação é um mosaico socioeconômico onde triunfa a distinção, o elitismo e a instrumentalização da cultura para finalidades excludentes.