Eficiência de utilização de nitrogênio, fósforo e potássio de 104 variedades de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1975
Autor(a) principal: Amaral, Flavio de Araujo Lopes do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-143451/
Resumo: O presente trabalho conduzido no Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” USP, Piracicaba, São Paulo, Brasil teve as seguintes finalidades: 1. Dar uma contribuição ao conhecimento das exigências minerais de 104 variedades de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) de interesse comercial para o Pais; 2. Procurar estabelecer o conceito de eficiência de utilização assim definida por MALAVOLTA (1972, com.particular): E = Produção/Nutriente absorvido/Tempo, onde E = eficiência de utilização, Produção = g de matéria seca de grãos, Nutriente absorvido = g de Nitrogênio, Fósforo ou Potássio contidos na casca, grãos, folhas, caule e raiz, Tempo = duração do ciclo em dias; 3. Verificar a possibilidade de se utilizar o conceito de eficiência acima definido como instrumento auxiliar para a seleção de variedades desde que seja constatada correlação entre o valor encontrado e a produção correspondente; 4. Estudar a possibilidade de substituir a eficiência de utilização pela chamada eficiência de uma parte ou órgão definida pelo quociente Produção/Número de g de nutriente numa parte determinada/Número de dias do ciclo, o que simplificaria a determinação. As variedades foram cultivadas em casa de vegetação em solução de HOAGLANV & ARNON (1950) dita completa e diluída a 1/5 da sua concentração. No fim do ciclo, fixado em 70 dias para as variedades precoces e 90 para as outras, fez-se a colheita separando-se os órgãos: raiz, caules, folha, casca e grãos; nestas foi determinada o peso de matéria seca e em seguida, procedeu-se as análises de Nitrogênio, Fósforo e Potássio totais. Os dados obtidos permitiram tirar as seguintes conclusões dentro das condições experimentais: 1. As variedades cultivadas em solução dita completa produziram mais do que quando cresceram em solução diluída, exceção para 10 delas, quais foram: Vi 1010, Preto 143, San Fernando, México 266, Rosinha CIA-63, que praticamente não responderam ao fornecimento de nutrientes e as Franguinho, Venezuela 350, Carioca 1030, Rosinha, Jalo, que responderam negativamente, o que sugere adaptação das mesmas para baixos níveis de fertilidade do sola; 2. As produções obtidas em solução não diluída variaram dentro dos limites de 5.100 a 145 kg/ha; as colheitas foram classificadas por classes de produção do seguinte modo: Classe A - 5.100 a 3;100 kg/ha, incluindo as variedades Mulatinho1208, Mulatinho, Composto 388, Chumbinho Opaco, Guatemala 344, Aeté- 1, Roxinho, Chumbinho Brilhante, Lambe Beiço, Roxinho V. Branca, Bico de Ouro, S.Cuva 168/N, Chuveiro de Prata, Rosinha G - 2, México 200, Piratã - 1, Rosado Guaranésia, Bico Roxo Precoce, Lustroso, Carioca, México 191, Bico Roxo, Seleção Cuva 1002, Guatemala 185, Floresta - 5, Mulatinho Paulista, 589-N, Rosinha G - 1, Iguassú, Preto Uberabinha. Guatemala 139, Pintado, Jalo EEP 558, Roxão Lustroso e Roxão; Classe B - 3.047 a 2.025 kg/ha, incluindo as variedades Roxote, Creme, Mulatinho Vagem Roxa, Paraná, H - 182, Jamapa, Costa Rica, Esquisito, Mulata Gorda, Rico - 23, México 230, Enxofre, Aeté - 2, Chumbinho, Cara Suja, Nep Bayo 22, S.T. 19N, Manteigão Fosco. Cubano, México 158, Piratá - 2, Opaco Paraná, Negro do México e Roxinho Precoce; Classe C - 2,022 a 1,027 kg/ha, com as variedades Roxinho Opaco, Preto G - 1, Olho de Pomba, Rico Pardo 896, Vi 1010, México 163,Guatemala 245, Americano Precoce, Goiano Precoce, Rosinha Precoce, México 167, Guatemala 24, Paquinho, Sel. 55-51519 - N2, México 185, Porrillo - 1, Mulatinho Monte Mor, Mulatinho 46, Rosinha CIA - 63 , México 266, San Fernando e Pintadinho Precoce; Classe D - menos de 1,027 kg/ha, contendo as variedades Preto 143, Costa Rica 1031, Vi 1013, Carioca 1030, Jalo, Venezuela 350, Rosinha e Franguinho; 3. As produções em solução diluída, para condições de campo, variaram de 1,775 a 285 kg/há. 4. Os teores porcentuais de Nitrogênio, Fósforo e Potássio nas diferentes partes· foram de um modo geral menores nas plantas cultivadas em solução diluída; dentro dos níveis completo e 1/5, houve diferenças para os teores de Nitrogênio, Fósforo e Potássio nas diversas variedades e diferentes Órgãos, excetuando-se os valores referentes ao Nitrogênio nos grãos. 5. Nas variedades que receberam solução nutritiva não diluída as eficiências variaram dentro dos seguintes limites: Nitrogênio - 0,2775 a 0,0081; Fósforo - 1,8270 a 0,0513 e Potássio - 0,7895 a 0,0070. 6. Foram encontradas correlações positivas entre produção e eficiência para os três nutrientes. 7. Valores mais altos de eficiências foram encontrados quando as variedades foram cultivadas em solução diluída do que em solução completa, o que se deve ao fato da quantidade dos nutrientes ter diminuido muito mais do que a produção sugerindo a necessidade de se determinar a eficiência de utilização em condições não limitantes de fornecimento de nutrientes, ou seja, em solução completa. 8. Foram encontradas algumas correlações positivas entre a eficiência de utilização global das variedades para Nitrogênio e Fósforo e a eficiência de utilização de algumas partes. As eficiências de utilização de Nitrogênio e Fósforo infra determinadas parece ser um parâmetro Útil nos trabalhos de seleção de variedades, pelas correlações positivas que apresentaram com a produção; as variedades mais produtivas foram também as mais eficientes na conversão de nutrientes absorvidos em grãos colhidos.