Adubação foliar do algodoeiro (Gossypium hirsutum, L.,var. I. A. C. 12) , com nitrogênio, fósforo e potássio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1970
Autor(a) principal: Laca Buendia, Julio Pedro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-152024/
Resumo: Aplicações de fertilizantes por via foliar no algodoeiro tem sido feitas em outros países, porém, no Brasil, tal prática encontra-se no início; por isso, resolvemos conduzir o presente trabalho com a finalidade de: 1. Verificar as quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio a serem aplicados por pulverização foliar, sem que haja queima severa das fôlhas; 2. Avaliar o efeito da adubação foliar nos aumentos de produção; 3. Avaliar o efeito da adubação foliar pela diagnose foliar, estabelecendo-se correlações entre a produção e as concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio, nos pecíolos das fôlhas de ramos produtivos e não produtivos; 4. Estudar a influência da adubação foliar sôbre alguns caracteres físicos da fibra e da semente do algodoeiro. O solo onde foi instalado o presente experimento é classificado como Latosol, recebendo a denominação de terra roxa estruturada, série Luiz de Queiroz. Êste solo apresenta as seguintes características químicas: pH 6,0 - 6,3, teor alto do matéria orgânica (2,7%), teor alto de nitrogênio (0,18%), teor médio para baixo de fósforo (0,08 - 0,12 e.mg/100 g de solo), teor alto para médio de potássio (0,28 - 0,47 e.mg/100 g de solo), teor médio de cálcio (4,2 e.mg/100g de solo) e teor alto de magnésio (1,6 e.mg/100 g do solo). O experimento foi instalado em novembro de 1968 e terminado em maio de 1969, utilizando-se a variedade IAC-12 (G. hirsutum, L.). As condições climáticas foram favoráveis durante o decorrer do experimento. O desenho experimental foi de Bloco ao acaso, com três repetições, porém, parte dos tratamentos foram organizados de maneira a enquadrar-se num fatorial 4 x 3, sendo 4 o número de níveis e 3 o número dos adubos. Além dêstes 12 tratamentos foram incluídos: N0P0K0, N1P3K3, N3P1K3, N3P3K1 e N3P3K3. Cada Bloco tinha 21 parcelas, porque os tratamentos N0P0K0 e N3P3K3 foram repetidos 3 vêzes dentro de cada Bloco, para aumentar a precisão das respectivas médias. Os níveis dêsses elementos foram os seguintes (descritos na dissertação). Tanto na adubação ao solo, como na foliar, foram utilizados como fonte de nitrogênio, a uréia (46% N), como fonte de fósforo, o superfosfato concentrado (45% P2O5) e como fonte de potássio, o cloreto de potássio (60% K2O). Os resultados obtidos mostraram que: 1. Em relação ao número de plantas e ao número total de capulhos colhidos, não foi encontrada diferença estatística em nenhum dos desdobramentos feitos para tratamentos; 2. Quanto à produção de algodão em caroço, não foi encontrada diferença estatística. A média alcançada foi de 3.366,09 kg/Ha. Porém, convém destacar que na porcentagem relativa em relação ao tratamento testemunha, houve um aumento de 17,15%, 20,50% e 23,01%, obtidos com os tratamentos N3P3+K2*, N3P3+P3* e P3K3+N2*, respectivamente; 3. As análises da covariância, confirmam os resultados encontrados nos itens 1 e 2, sendo as correlações, entre o desvio do número de plantas colhidas e o desvio da produção, r = 0,549** e entre o desvio do número de capulhos colhidos e o desvio da produção, r = 0,887** e entre o desvio do número de plantas e o número de capulhos, r = 0,569**; 4. Os teores médios percentuais de nitrogênio, fósforo e potássio, encontrados nos pecíolos sâo os seguintes (descritos na dissertação). Não foram encontradas diferenças estatísticas nos teores dêstes três nutrientes nos tratamentos, de cada amostragem, nos pecíolos de fôlhas de ramo correspondente. As amostragens foram feitas aos 86 e aos 116 dias após a germinação para a primeira e segunda amostragem respectivamente; 5. Foram encontradas correlações totais significativas dos teores de potássio com produção na primeira amostragem para pecíolos de fôlhas de ramo não produtivo e na segunda amostragem para pecíolos de fôlhas de ambos os ramos (descritos na dissertação). Também foram encontradas correlações totais entre os teores de fósforo e produção; na primeira amostragem, para pecíolos de ambos os ramos e na segunda amostragem, somente para pecíolos de ramos produtivos (descritas na dissertação). Não foi encontrada diferença estatística nas duas amostragens, entre as correlações dos pecíolos de fôlhas de ambos os ramos; 6. A adubação foliar com o cloreto de potássio e com o superfosfato concentrado, tiveram efeito positivo no comprimento da fibra; 7. Quanto à uniformidade da fibra e ao índice de finura, não houve influência da adubação foliar com nenhum dos três elementos. Nestes casos, a adubação ao solo, proporcionou melhores resultados. Deve-se ressaltar que com a dose mais alta de fósforo, o valor do índice de finura foi inferior; 8. A adubação foliar com cloreto de potássio e Uréia, para as doses (N2* e K2*), influenciaram na resistência da fibra (índice Pressley); 9. A adubação foliar com cloreto de potássio, para a dose K3*, foi a que melhor influenciou na resistência do fio; 10. A adubação foliar com cloreto de potássio, determinou o maior pêso de sementes (índice de sementes).