Preparo intestinal com picossulfato de sódio ou polietilenoglicol para colonoscopia eletiva em pacientes adultos ambulatoriais: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rocha, Rodrigo Silva de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-01022021-150937/
Resumo: Introdução: a colonoscopia é o exame padrão-ouro para avaliação do cólon e do reto. O preparo intestinal é fundamental para sua efetividade. Diferentes laxantes podem ser utilizados, no entanto, não há ainda evidência bem estabelecida sobre qual a melhor opção para pacientes adultos ambulatoriais. Objetivos: comparar o picossulfato de sódio mais citrato de magnésio (PSCM) e o polietilenoglicol (PEG) para o preparo intestinal, em pacientes adultos ambulatoriais submetidos a colonoscopia eletiva. Métodos: realizou-se revisão sistemática da literatura, nas principais bases de dados eletrônicas, por ensaios clínicos randomizados (ECRs) que compararam PSCM e PEG para preparo intestinal nessa população. Foram avaliadas eficácia, tolerabilidade, taxa de eventos adversos (TEA), taxa de detecção de pólipos (TDP) e de adenomas (TDA). Os riscos de vieses dos estudos foram avaliados pela escala de Jadad. A heterogeneidade foi analisada por gráficos de funil, teste de Egger, teste de Higgins (I2) e análises de sensibilidade por subgrupos (por tipos de regime de preparo, volume de solução de PEG e restrições dietéticas). A metanálise considerou a diferença de risco (DR) pelo método de Mantel-Haenszel (MH) com modelos de efeito fixo (EF) e randômico (ER) por meio do software Review Manager 5 (RevMan 5) versão 6.1 (Cochrane Collaboration). Resultados: foram incluídos 23 ECRs, com 10.304 sujeitos. Houve elevada heterogeneidade entre os estudos incluídos. Análises adicionais foram realizadas e houve a remoção dos estudos que compararam regimes de preparo diferentes por apresentarem viés metodológico. O PSCM apresentou melhor tolerabilidade (DR 0,07, p = 0,02, I2 = 94%,) e menor TEA (DR -0,12, p = 0,0001, I2 = 87%). Não houve diferença em relação a eficácia, TDP e TDA. Nos regimes \"fracionado\" e \"ajustado pelo intervalo de tempo\", houve menor TEA (redução de 6%) e maior tolerabilidade (aumento de 8%), respectivamente, com o uso do PSCM. Conclusão: o PSCM apresenta maior tolerabilidade e menor TEA do que PEG, além de eficácia, TDP e TDA semelhantes