Os Pataxó Hã hã hãe e o problema da diferença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pedreira, Hugo Prudente da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-06022017-110145/
Resumo: Esta dissertação, de cunho fundamentalmente etnográfico, explora o problema da diferença, tal como definida pelos Pataxó Hã hã hãe. O ponto de partida são as diferenças de sangue que as famílias ou etnias reconhecem entre si e o processo de mistura que conduz um movimento, nunca acabado, de tornar-se uma parentagem só. A persistência das distinções entre as famílias remete às narrativas sobre o passado, entre índios vindos do mato e índios vindos de fora. Elas apontam o processo que transformou povos de origens diversas em parentes e nos reportam o perigo da metamorfose. Neutralizar o devir-outro dos antigos, dos bravos, é a condição do parentesco. Sob a temível diferença do Estado e dos contrários, os índios souberam combinar suas diferenças e fazerem-se parentes. O problema da relação na distância também é um tema recorrente das narrativas dos Pataxó Hã hã hãe, que por longo tempo viveram esparramados, longe de suas terras e dispersos. A habilidade da visão, os sonhos e as viagens noturnas do anjo de guarda demarcam uma série de dispositivos acionados na relação com os parentes que estão longe, inclusive os mortos. Este trabalho segue as figuras do outro e as formas da relação Pataxó Hã hã hãe.