Autoridades, Lideranças e Administração de Conflitos na Aldeia Indígena Pataxó de Barra Velha, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Llanes Guardiola, Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6257
Resumo: O presente trabalho procura analisar as formas locais de construção de liderança e autoridade entre os indígenas Pataxó da aldeia Barra Velha, no sul do estado da Bahia. A partir de uma etnografia da construção social da liderança e seus diferentes dispositivos, discuto a re-criação dos papéis de chefia e a mobilização de capitais sociais em direção à construção da autoridade. Como contexto de análise, proponho uma interpretação da natureza dos conflitos como cenário propício para intervenção das autoridades. Tais formas sociais de apresentação da liderança e da autoridade são descritas mediante a etnografia de quatro trajetórias de sujeitos que durante a realização da pesquisa ocupavam uma posição de destaque dentro da aldeia pela sua atuação como lideranças em campos diferenciados. A importância crescente das figuras da autoridade e liderança foi definida pelos próprios Pataxó a partir da auto-avaliação e encenação de suas respectivas trajetórias pessoais bem como sua inserção na Aldeia Barra Velha. Soma-se à etnografia uma revisão bibliográfica da Antropologia Política que fundamenta minha discussão em torno das narrativas de ordem, harmonia e controle social construídas localmente. Como resultado, analiso os processos em que tais narrativas transitam tomando como referência três aspectos inter-relacionados: primeiro, em relação à construção do sujeito político Pataxó diante das narrativas de “bom nativo”; segundo, em relação às formas de burocratização das relações cotidianas a partir dos referentes jurídicos da sociedade envolvente e terceiro, em relação às formas locais de sanção positiva que produz a constituição da liderança e a reprodução das narrativas de organização social.