Direito à moradia, esfera pública e imprensa: o MTST na Folha de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vieira, Beatriz Trezzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2140/tde-06082020-233340/
Resumo: Este estudo teve por objetivo analisar a compreender como o direito à moradia e um de seus principais postulantes no Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), foram representados nas páginas do jornal de maior circulação no país, a Folha de S. Paulo, a partir da colaboração do líder do movimento para o veículo. Para tanto, foi realizada uma análise quantitativa sobre o espaço dedicado a esse objeto nas páginas do jornal e uma análise qualitativa de seu conteúdo, pela metodologia da Análise Crítica do Discurso. A abordagem interdisciplinar proposta incluiu o aprofundamento contextual do objeto de pesquisa em seus aspectos jurídicos, comunicacionais, linguísticos, urbanísticos e sociológicos. Conclui-se que a inefetividade ou a não-efetividade do direito à moradia como um direito social é uma questão ideológica, que se expressa discursivamente em narrativas como a jornalística e a jurídica, atuando essas instituições, de maneira geral, para manter a ordem estabelecida, portanto de forma desigual e injusta. O avanço na conquista da concretização desse direito passa pela renovação de práticas discursivas presentes na esfera pública, como é o caso do jornalismo, por meio de uma mudança paradigmática radical que permita torná-las verdadeiramente emancipadora.