Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kohama, Eike Bianchi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-09042018-110146/
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Resumo: |
O eixo GH/IGF-I é um sistema de mediadores de crescimento, receptores e proteínas de ligação que controlam o crescimento somático e tecidual em muitas espécies e programas de exercícios estão relacionados a esta função anabólica por meio da ação deste eixo. Partindo deste pressuposto, o presente estudo tem como objetivo verificar o comportamento do eixo GH/IGF-I, da proteína de ligação do IGF e sua relação com a maturação ao longo de uma temporada competitiva de jogadores de futebol adolescentes e a sua relação com o desempenho dos atletas. 11 jogadores da categoria sub-15 do Botafogo Futebol Clube foram selecionados para o estudo. As concentrações de GH, IGF-I e IGFBP3 foram mensuradas por ensaios imunocolorimétricos específicos (Immulite) e as coletas ocorreram antes e após uma sessão de treino padrão (STP). A potência aeróbia e anaeróbia, velocidade, força rápida e agilidade foram avaliadas um dia antes da coleta de sangue através dos testes Léger, RAST, Velocidade de 30m, Salto Sêxtuplo e Teste T. A maturação foi controlada pelo Pico de Velocidade do Crescimento (PVC) uma ferramenta que apresenta a distância em anos que o indivíduo está de sua maturação. As coletas e testes ocorreram em 3 momentos (M1, M2 e M3) da competição. As concentrações hormonais foram analisadas pelo teste de Wilcoxon and Friedman e os resultados dos testes motores e PVC foram analisados por meio da ANOVA para medidas repetidas e post hoc de Bonferroni. Os níveis de IGF-I (ng/mL) apresentam uma redução após o STP na fase final da competição (461±95 vs. 429±87; p=0,04). Já a fase anabólica evidencia-se pelo aumento nos níveis de IGF-I após a STP no M2 (460±68 vs. 519±115; p=0,05). A variação nas concentrações de IGF-I após a STP foi significativamente maior no M2 em relação ao M3 (59±95 vs. -32±49 ng/ml; p=0,04). O IGFBP-3 (ng/mL) apresentou concentrações mais elevadas tanto antes quanto após a STP no M2 quando comparado ao M3(4,9±1,0 vs. 4,6±1,0 mg/l; p=0.03) (5,5±1,7 vs. 4,5±0,8 mg/l; p=0.04). O GH (ng/mL) não apresentou variação significante durante toda a competição. Os valores de potência (Watt) foram maiores no M2. O teste post hoc de Bonferroni mostrou que a Pot_Med nos momentos M1 (409,1±87,3) e M2 (458±100) apresentam diferença significante (p=0,007). O mesmo aconteceu para Pot_Pico M1 (507,6±26,7) M2 (562,8±34,7) (p=0,031) e também para Pot_Mín M1 (305,5±28,9) M2 (376,75±25,01) (p=0,007). A velocidade (s) também atingiu seu valor mais alto no M2, o teste post hoc de Bonferroni mostrou que os valores M2 (4,47±0,17) são significativamente maiores do que no M1 (4,29±0,14) (p=0,03). A agilidade acompanhou os demais resultados M2 (8,91 ± 0,33) e M3 (9,25 ± 0,30) (p=0,004). O IGF-I apresentou-se sensível aguda e cronicamente aos efeitos dos estímulos da competição. O IGFBP-3 foi sensível aos efeitos crônicos e os resultados de potência e velocidade acompanharam o comportamento do IGF-I e IGFBP-3. Ambos peptídeos se mostraram sensíveis marcadores de estado de treinamento de jovens futebolistas. A maturação não influenciou no processo visto que os atletas já estavam maturados no M1. |