Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fornel, Rafael Guilherme |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-29102018-145532/
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Resumo: |
A frequência de competições e treinamentos intensos de jogadores de futebol adolescentes estão aumentando progressivamente e a busca por resultados e títulos já nas categorias de base estão se tornando cada vez maiores. Consequentemente, atletas e treinadores enfrentam a difícil tarefa de maximizar a carga de treinamento e adaptação. Estratégias efetivas de monitoramento no futebol exigem o rastreamento de variáveis sensíveis às mudanças fisiológicas que ocorrem durante o desempenho em atividades de treino e de jogos ao longo de uma temporada, visando aumentar a proteção do atleta e seu aproveitamento máximo nos treinamentos e competições. Vários hormônios e enzimas musculares têm o potencial de auxiliar na avaliação do estado dos jogadores, tanto imediatamente quanto a longo prazo. Partindo deste pressuposto, o presente trabalho tem como objetivo verificar o comportamento da cinética do eixo GH/IGF-I, das proteínas de ligação dos IGFs, e das enzimas Creatina Quinase (CK) e Lactato Desidrogenase (LDH) em diferentes momentos de uma competição de futebol de jogadores adolescentes. Os níveis de GH, IGF-I e de sua proteína de ligação, IGFBP3, alem das enzimas CK e LDH foram monitorados na fase inicial, intermediária e final do periodo competitivo, antes e após as sessões de treinamento padronizadas (STP). Para a análise da cinética do sistema GH/IGF-I/IGFBP-3, CK e LDH nos diferentes momentos do período competitivo (início x meio x final) antes e após a sessão de treino padronizada (pré x pós) foram utilizados os testes não-paramétricos de Friedman e Wilcoxon, respectivamente, adotando-se um nível de significância de 0,05. Foi observado uma cinética bifásica para IGF-I durante o campeonato. Uma fase catabólica foi caracterizada por uma redução nos níveis de IGF-I após STP (461 ± 95 vs. 429 ± 87; p = 0,04) na fase final, enquanto uma fase anabólica foi marcada por um aumento nos níveis de IGF-I após STP na avaliação intermédiaria (460 ± 68 versus 519 ± 115, p = 0,05). A variação nos níveis de IGF-I após STP foi maior no meio em relação à avaliação final (59 ± 95 versus -32 ± 49 ng / ml; p = 0,04). Os níveis de IGFBP-3 foram mais elevados tanto antes (4,9 ± 1,0 vs. 4,6 ± 1,0 mg / l; p = 0,03) como após (5,5 ± 1,7 vs 4,5 ± 0,8 mg / l; p = 0,04). Não foi possível identificar diferenças significativas nos valores de CK quando comparados nos diferentes momentos da competição (início x intermediário x final). No entanto, foi possível identificar diferença significativa ao se comparar os valores pré e pós STP (intra-fase), especificamente na fase inicial da competição (188,6±86,78versus 267,02±87,5; p = 0,05), também na fase intermediária (194,15±107,46 versus. 363,09±226,2; p = 0,05). Nenhum padrão agudo ou crônico de alterações foram observadas em relação aos níveis de GH e LDH durante o campeonato. Os dados sugerem que o IGF-I foi sensível aos efeitos agudos e crônicos do treinamento, exibindo uma cinética bifásica durante o campeonato. IGFBP-3 foi sensível aos efeitos crônicos do treinamento. Ambos os péptidos têm provado ser marcadores sensíveis de status de treinamento. |