O problema do cuidar: o pensar fenomenológico sobre o cuidado em saúde das pessoas que usam drogas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marchetti, Silvana Proença
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-10112022-163038/
Resumo: Esta tese dedicou-se ao estudo do cuidado em saúde das pessoas que usam drogas. Trata-se de um estudo fenomenológico, por meio da fenomenologia empírica hermenêutica, com o objetivo de analisar a experiência de cuidado em saúde dessas pessoas. Como objetivos específicos, foi estabelecido conhecer as experiências dos participantes com o uso de drogas, suas experiências de cuidado em saúde e a interferência dos relacionamentos interpessoais e institucionais (virtuais ou não) nesta experiência de cuidado. A coleta de dados fundamentou-se na utilização da técnica de amostragem não probabilística bola de neve e na realização de seis entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. Para análise dos dados foram utilizados recursos qualitativos-descritivos e adotada uma atitude fenomenológica. A interpretação dos dados, realizada por meio da redução fenomenológica e do uso da variação imaginativa, buscou desvelar a essência desse cuidado. Este estudo demonstra que o cuidado em saúde para as pessoas que usam drogas constitui uma dimensão éticaontológica. A essência desse cuidado é uma prática relacional, que tem como seu limite mínimo os valores morais e como limite máximo a liberdade, enquanto projeto de ser, tanto de quem cuida quanto de quem é cuidado. Essa relação deve ser motivada pelo interesse do outro, e orientada a promover o seu bem-estar-aí, ocupando-se do que essencial para o outro.