Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Petuco, Dênis Roberto da Silva
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Orientador(a): |
Fraga, Paulo Cesar Pontes
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Banca de defesa: |
Rosa, Pablo Ornelas
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Alvarez, Marcos César
,
Silva, Cristina Dias da
,
Magalhães, Raul Francisco
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13786
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Resumo: |
A Redução de Danos (RD), estratégia de cuidado em saúde dirigida a pessoas que usam álcool e outras drogas que não posiciona a abstinência como único objetivo do cuidado, tornou-se conhecida pelas terapias de substituição e pela oferta de seringas esterilizadas para evitar infecções sanguíneas, como Aids e hepatites virais. Foi nesta última forma que a RD chegou ao Brasil, em 1989, na cidade de Santos, sofrendo forte oposição por parte de setores da justiça e da segurança pública, mas sem causar maiores controvérsias entre trabalhadores e pesquisadores do campo da saúde. Com o passar dos anos, entretanto, o encontro com a reforma psiquiátrica brasileira ensejou o surgimento de uma RD elevada à condição de ética do cuidado. A partir deste encontro, a RD se tornou polêmica, dividindo o campo em dois lados: entusiastas e opositores da RD. Com auxílio de uma caixa de ferramentas conceituais que aproveita contribuições de Foucault, Bourdieu e Spinoza, e por meio da análise de textos e de entrevistas com agentes reconhecidos entre seus pares, foi possível concluir: ainda que o cuidado em saúde dirigido a esta população já houvesse sido objeto de acalorados debates em momentos específicos do século XX, a RD constituiu-se em um acontecimento diferenciado, que produziu descontinuidades e rupturas, reconfigurando o campo de lutas em torno das políticas públicas e das estratégias de cuidado em saúde dirigidas a pessoas que usam álcool e outras drogas, no Brasil. |