Eis-me: tradução comentada do EIMI de E.E. Cummings

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Freire, Rafael Augusto Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8160/tde-07082019-160439/
Resumo: Nesta dissertação traduzimos e comentamos os quatro primeiros registros de diário (10- 14 de maio de 1932, 50 páginas) da obra EIMI de Edward Estlin Cummings (1894-1962). EIMI é um diário/romance experimental que relata a viagem de trinta e seis dias que Cummings realizou na Rússia soviética entre maio e junho de 1931. Justificamos a escolha de EIMI porque, além de entendermos que é um livro importante e pertinente no contexto do Modernismo literário do século XX, ele nunca foi traduzido. Com o intuito de respaldar nossa pioneira tradução realizamos uma pesquisa que pode ser dividida em duas esferas: estudos sobre a vida e a obra de Cummings; e estudos sobre o ato de traduzir, focados especificamente na exploração do livro Poétique du traduire de Henri Meschonnic. As investigações dentro da primeira esfera fundamentaram o Capítulo 1 do trabalho, onde apresentamos e problematizamos EIMI. As investigações da segunda esfera fundamentaram o Capítulo 2. Aqui, partimos do pressuposto que o sujeito e a língua são elementos necessários para que se faça literatura; mas que o fazer literário, por seu turno, é fundamental no processo de formação e compreensão do que é (ou se torna) a língua e o sujeito. Argumentamos, com Meschonnic, que mais importante do que traduzir a língua de uma obra é traduzir o modo como a obra negocia, através do uso específico da língua por um sujeito, uma nova língua e um novo sujeito. Posto de outro modo, argumentamos que não é a língua no sentido estrito que se traduz, mas o discursotal qual articulado em uma obra específica e implicado na subjetividade de um ser histórico. Testaremos as diretrizes de Meschonnic em nossa própria tradução e comentários, expostos no Capítulo 3.