Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rafael Lamonatto dos |
Orientador(a): |
Flores, Valdir do Nascimento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/173816
|
Resumo: |
Esta dissertação se insere no contexto do debate em torno da tradução e apresenta dois objetivos: o primeiro, mais geral, é fazer o (re)conhecimento da poética do traduzir, projeto teórico do pensador francês Henri Meschonnic (1932-2009); o segundo, mais específico, é revisitar, a partir desse (re)conhecimento da poética do traduzir, três temas clássicos no debate em torno da tradução à luz dessa teoria, a saber, a própria tradução, a fidelidade e a equivalência. Justifica-se a inserção desta discussão no debate sobre a tradução pelo fato de a poética do traduzir apresenta um posicionamento bastante distinto daqueles mais reconhecidos hoje tanto na discussão acadêmica quanto no senso comum sobre o que é a tradução. Isso se deve ao fato de a poética do traduzir supor e indicar uma reflexão sobre a linguagem que modifica a visão do traduzir. A linguagem, no âmbito poético, não é tomada a partir dos termos comuns da língua (como forma e sentido, por exemplo), que representam uma visão redutora da linguagem, descontínua por natureza. Pelo contrário, a poética do traduzir situa a tradução – e a própria linguagem – no terreno do discurso, que é da ordem do contínuo, e, por aí, modifica o pensamento sobre o que é a linguagem e, consequentemente, o que é o traduzir. Desse modo, esta dissertação apresenta, inicialmente, as bases do pensamento poético, que dizem respeito a uma visão não-redutora da linguagem. Nesse contexto, a leitura meschonniquiana dos pensamentos de Wilhelm von Humboldt, Ferdinand de Saussure e Émile Benveniste é apresentada para embasar essa visão não-redutora. A partir dessa construção, passo aos elementos da poética do traduzir para que se faça claro o posicionamento teórico que Meschonnic apresenta para debater a tradução. Esse é um ponto de extrema relevância pois indica como funciona o sistema do pensamento poético, permitindo seu (re)conhecimento. Por fim, a discussão final se dá como consequência das reflexões anteriores. Se a poética modifica o saber sobre o traduzir, cumpre demonstrar como isso se dá em comparação com o pensamento sobre os temas propostos a partir da visão da Tradutologia para que se compreenda como a poética do traduzir introduz elementos que renovam o debate em torno desses temas comumente difundidos em discussões dessa natureza. |