Ritmo & Tradução: a configuração rítmica na tradução de dez textos literários de língua alemã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barreto, Matheus Jacob
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-13022023-180108/
Resumo: Esta tese de doutorado consiste na apresentação de um conceito de \'ritmo\' em textos literários, ora nomeado \'configuração rítmica\'; na sistematização de um trabalho tradutório com textos literários a partir desse conceito; e, por fim, na exemplificação de tal processo tradutório através da tradução comentada de dez textos literários de língua alemã. A configuração rítmica interpretável em um texto é aqui entendida como a rede de repetições e de variações sonoro-semânticas do texto, que pode ser subdividida em repetições e variações de cinco tipos: 1) no nível rítmico dos fonemas, 2) no nível rítmico da tonicidade silábica, 3) no nível rítmico dos morfemas ou pseudomorfemas, 4) no nível rítmico dos vocábulos e 5) no nível rítmico das sequências semântico-sintáticas de maior porte. Uma vez interpretados os níveis da configuração rítmica de um texto específico, seria possível ao/à tradutor/a hierarquizar os níveis que lhe pareçam os mais relevantes e, finalmente, seria possível criar na língua de chegada um texto com níveis rítmicos análogos aos interpretados no texto de saída. Foram especialmente importantes na elaboração do conceito de configuração rítmica os conceitos de paramorfismo (Haroldo de Campos), de paralelismo (Herder, Hopkins e Jakobson) e de discontinu (Meschonnic). Os/as dez autores/as ora traduzidos/as são Hans Sachs (1494-1576), Angelus Silesius (1624-1677), Sibylla Schwarz (1621-1638), Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), Rainer Maria Rilke (1875-1926), Nelly Sachs (1891-1970), Ingeborg Bachmann (1926-1973), Elfriede Jelinek (1946), Peter Waterhouse (1956) e Ann Cotten (1982).