Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Braga, João Pedro Romero |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-03012023-120316/
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Resumo: |
Introdução: Doenças como lupus eritematoso sistêmico (LES) e síndrome de Sjögren (SS) são tratadas com cloroquina ou hidroxicloroquina como medicamentos de primeira escolha há várias décadas. Entre os efeitos colaterais desses medicamentos, a maculopatia é um dos mais graves, pois pode evoluir para perda visual, caso não seja diagnosticada precocemente. Entender o impacto da dose diária, da duração do tratamento e dos fatores de risco concomitantes importa para a redução da ocorrência de toxicidade ocular por essas medicações. Planejamento criterioso para o início da medicação e cuidados durante seu uso devem ser realizados. Objetivos: Avaliar a prevalência da toxicidade retiniana secundária ao uso de antimaláricos, identificar possíveis fatores de risco e analisar como é realizado o acompanhamento desses pacientes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP); e também elaborar um protocolo de condutas preventivas e de manejo específico entre as especialidades de Oftalmologia e Reumatologia. Material e Métodos: Estudo retrospectivo por meio da análise de prontuários de 300 pacientes com LES e SS, no período de julho de 2020 a janeiro de 2021, acompanhados pelo Serviço de Reumatologia do HCFMRP-USP, em uso crônico de antimaláricos. Resultados: Encontrou-se prevalência de maculopatia por antimaláricos de 6,33%. Os principais fatores de risco associados foram a dose diária acima de 2,3 mg/kg para cloroquina e 5 mg/kg para hidroxicloroquina, e o tempo de uso da medicação acima de 10 anos. Observou-se que 39,6% dos pacientes não foram corretamente submetidos ao protocolo de rastreio recomendado pela Academia Americana de Oftalmologia, considerado como padrão. Conclusões: Levando em conta a gravidade desse evento adverso, a detecção precoce da toxicidade retiniana induzida pelos antimaláricos permanece um desafio. Como o dano visual irreversível pode, muitas vezes, ser evitado, o rastreamento correto é importante e deve ser colocado em prática. |