Avaliação da frequência da retinopatia tóxica por antimaláricos em pacientes com artrite reumatoide e lúpus eritematosos através da tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-CT)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cabral, Renata Tavares de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16303
Resumo: O objetivo desta investigação foi avaliar a frequência da retinopatia tóxica e aderência ao tratamento de pacientes com Lúpus Eritematoso (LE) e Artrite Reumatoide (AR) em uso crônico de difosfato de cloroquina (CQ) ou hidroxicloroquina (HCQ) pelo exame de tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT) e por um questionário composto de 11 perguntas, de acordo com os achados do exame de acuidade visual (tabela de Snellen), o teste de visão de cores (tabela de Ishihara) e a fundoscopia sob midríase. Trata-se de um estudo transversal com avaliação de pacientes em uso de CQ ou HCQ regular por um período igual ou superior a um ano. Os pacientes preencheram o questionário sobre a opinião e a regularidade do uso dos antimaláricos, foram submetidos ao exame oftalmológico clínico e a SD-OCT. Dos 300 pacientes avaliados, 217 foram elegíveis. A prevalência de maculopatia tóxica por antimaláricos detectada pelo exame de SD-OCT na população em estudo foi de 4,15% (9 dos 217 pacientes). A prevalência específica por CQ foi de 7,4% (4 de 54), por HCQ de 0,82% (1 de 121), por ambas as medicações de 9,52% (4 de 42), pacientes que usaram primeiro a CQ que foi substituída por HCQ. Somente os pacientes com maculopatia em fases avançadas (moderada e grave), consideradas irreversíveis, apresentaram alterações nos exames clínicos: teste de visão de cores alterado em 11,1% (1 de 9), acuidade visual alterado em 33,3% (3 de 9) e fundoscopia sob midríase alterado em 33,3% (3 de 9) dos pacientes. A SD-OCT foi fundamental para o diagnóstico de maculopatia tóxica por antimalárico em fases precoces (pré-macular e macular precoce), presente em 6 dos 9 pacientes com as seguintes características: assintomáticos em uso regular de antimaláricos, principalmente a cloroquina, sete dias da semana, por um período maior que cinco anos, principalmente se usar por mais de 10 anos, com exame oftalmológico clinico normal Os antimaláricos têm boa tolerância pelos usuários que o consideram uma boa medicação. Apenas 31% dos usuários relataram algum sintoma durante o tratamento. Mais da metade (57%) acharam-na boa porque manteve a doença controlada e 24% relataram medo de usá-la, mas usaram-na conforme prescrito. O medo ainda é um fator que dificulta a aderência ao tratamento com antimaláricos. A SD-OCT foi útil para desmitificar os falsos efeitos tóxicos da medicação antimalárica e identificar sinais precoces de maculopatia. O diagnóstico na fase precoce evita o dano visual ou, se presente, a recuperação visual pode ser possível com a descontinuação da medicação antimalárica15.