Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Matos, Diego Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-26032010-145150/
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Resumo: |
Esta dissertação tem como foco analisar, através de um viés crítico, o diálogo entre curadoria e arquitetura presenciado nas exposições de Arte Contemporânea, tomando como estudo de caso a Bienal Internacional de Arte de São Paulo, à luz de suas expografias. Dentro do amplo contexto das Bienais é estabelecido um recorte que compreende as primeiras edições da década de 1980, decorrente de um contexto sócio-cultural mais amplo, amparado por uma conjuntura econômica local e internacional. O recorte incide sobre a XVI e a XVIII Bienais, edições realizadas, respectivamente, nos anos de 1981 e 1985. Este período, correspondente ao da redemocratização do Brasil, configura-se como peculiar dentro da história deste evento e representa um ponto de inflexão, quando foram reunidas as condições para saída de uma crise institucional verificada ao final dos anos de 1970. Esta escolha está intimamente vinculada a um novo contexto sócio-cultural que configurado na pós-modernidade. Esta nova lógica é conseqüência do capitalismo avançado, no qual os eventos culturais encontram-se inseridos na ótica de mercado e sujeitos a uma indústria. Sob estas condições é estabelecido um novo palco para as ações no campo das instituições que, através dos seus espaços expositivos, exercem o papel de enquadrar historicamente e legitimar as produções artísticas, contemplando assim a complexa pluralidade da Arte Contemporânea. Nos casos estudados, o espaço será compreendido pelo pensamento dos arquitetos e curadores envolvidos, submetidos a um dado momento histórico, o que os condicionou a revelar uma conjuntura cultural através da arte que propuseram a expor. Desta forma, a partir da análise proposta, será possível compreender as exposições como lugar de encontro entre o artista, sua arte e o espectador, encontro este mediado pela figura do curador e do arquiteto. Complementarmente, também foram investigadas as transformações no campo das artes plásticas a partir da segunda metade do século XX, os quais culminaram com as formas processuais e desamaterializantes das décadas de 1960 e 1970. Estas novas formas artísticas trouxeram conseqüências para o campo das exposições, que passaram a se readequar aos novos trabalhos de arte. As Bienais da década de 1980 são, de antemão, resultantes desta readequação, incorporando a arte a um discurso por elas estabelecido. |