Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Marcia Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7143/tde-05112024-144618/
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Resumo: |
Introdução: O objeto do estudo são as estratégias para o enfrentamento das barreiras de acesso aos serviços de saúde, por homens e mulheres transgênero. Objetivo: Analisar e propor estratégias para a superação das barreiras identificadas no acesso aos serviços de saúde, por pessoas transgênero. Método: Percorreu-se a metodologia da Rede de Políticas Informadas por Evidências, nas seis etapas: 1) prioridade para a definição dos programas e políticas: oficina problematizadora (julho de 2021) para definição do problema de pesquisa; 2) busca de evidências e seleção dos estudos, por meio de duas revisões bibliográficas que buscaram responder à pergunta: Quais estratégias estão disponíveis para o enfrentamento das barreiras no acesso aos serviços de saúde de mulheres e homens transgênero? (setembro de 2021). Acesso às 16 bases de dados em busca de revisões sistemáticas: BDenf, LILACS, Medline, PubMed, Cinahl, Epistemonikos, Nice evidence, EMBASE, Psyinfo, Scopus, Carpha evidence, Cochrane Library, Health Systems Evidence, JBI, Web of Science e Social systems evidence. Descritores: transgênero AND acesso aos serviços de saúde; e transgênero AND barreiras de acesso AND serviços de saúde. A seleção dos estudos foi feita por dois pesquisadores independentes, e utilizou-se o aplicativo Rayyan - Intelligent Systematic Review e; 3) Extração de dados relevantes das revisões sistemáticas selecionadas e avaliação da qualidade metodológica dos estudos, com a aplicação do instrumento AMSTAR 2 (A Measurement Tool to Assess Systematic Reviews); 4) definição da(s) opção(ões) e possível estratégia(s) para abordagem do problema; 5) categorização das barreiras de acesso aos serviços de saúde e possibilidades de estratégias para sua superação; 6) Diálogo de Política (abril de 2022). A oficina problematizadora e o Diálogo de Política foram realizados por meio da plataforma Google Meet e contou com a participação de gestor de serviço, pesquisador da temática, membro de organização não governamental, homens e mulheres transgênero. O conteúdo das revisões sistemáticas foi analisado, de acordo com os núcleos de sentido, extraindo-se como categoria central Estigma, discriminação e preconceito, transversal às demais subcategorias: educação; políticas públicas e; organização das ações e serviços de saúde. As falas dos participantes da oficina problematizadora e do Diálogo de Política foram compostas pela transcrição não literal da gravação e pelas anotações realizadas pela moderadora. Procedeu-se a sua leitura, agrupando os diálogos de acordo com os problemas identificados e relacionados ao acesso aos serviços de saúde pela população transgênero na oficina problematizadora e, por núcleo de sentidos, no Diálogo de Política. O conteúdo do Diálogo de Política foi analisado, a fim de compreender se as propostas de estratégias de intervenção poderiam ser eficazes para superar as barreiras de acesso aos serviços de saúde da população transgênero. Resultados: As 19 revisões sistemáticas selecionadas foram publicadas de 2016 a 2021, majoritariamente em países de alta e média renda. Somente em uma revisão há avaliação da implementação de estratégia para ampliação do acesso da população trans aos serviços de saúde, com foco na oferta de teste rápido do HIV. As demais revisões indicaram sugestões ou proposições de ações para superação das barreiras. O ponto central para superação das barreiras é o enfrentamento do estigma, da discriminação e do preconceito de forma ampla na sociedade, por meio da implementação de políticas públicas, inclusão da temática na graduação, pós-graduação e na educação permanente dos profissionais de saúde e na organização dos serviços de saúde. Conclusão: Reconhece-se que as barreiras de acesso aos serviços de saúde impostas às pessoas transgênero são persistentes e estão presentes em diversos níveis, e sua superação não se restringe ao setor da saúde. |