A construção da noção de violência em crianças e adolescentes inseridos em diferentes contextos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Monteiro, Tamires Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-25022014-163456/
Resumo: Este trabalho caracteriza-se como um estudo evolutivo fundamentado na teoria epistemológica de Jean Piaget e também nas pesquisas sobre a construção do conhecimento social sob o enfoque psicogenético. O objetivo central foi investigar as crenças que crianças e adolescentes, inseridos em diferentes contextos, possuíam a respeito da violência. Como também verificar se havia uma possível correspondência entre os níveis de compreensão da realidade social os estágios da inteligência. Para tanto, foram utilizados três instrumentos metodológicos: provas para o diagnóstico do pensamento operatório, entrevista clínica e análise de um curta-metragem. Tanto a entrevista clínica, quanto o curta-metragem foram analisados de acordo com os níveis de compreensão da realidade social e as provas operatórias, quanto os estágios do desenvolvimento cognitivo. Os dados também foram submetidos à análise estatística, por meio do teste de Kruskal-Wallis ou Mann-Whitney. Os resultados confirmaram nossa hipótese, isto é, que existe uma correlação significativa entre os níveis de compreensão da realidade social e os estágios da inteligência. Também notamos que sujeitos apresentam dificuldades em compreender o fenômeno da violência e sua complexidade. Apresentando, muitas vezes, ideias simplistas e pobre, evidenciando que a violência é vista por eles como um fenômeno cotidiano e ligado a eventos mais concretos e imediatistas, tais como: brigar, bater e matar e, portanto, não é entendida como um objeto de reflexão. Isso evidencia a carência de projetos que levem a reflexão e discussão sobre o tema, como também necessidade de se trabalhar a questão da violência também sob a ótica da construção do conhecimento social, principalmente na escola, buscando-se uma compreensão mais elaborada do fenômeno por parte dos alunos