Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Isabela Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-28062022-153705/
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Resumo: |
A hipertensão arterial (HA) é a doença mais prevalente na população e o planejamento do cuidado ao idoso hipertenso deve ser pensado de forma a evitar, retardar ou reduzir desfechos indesejáveis. Os objetivos deste trabalho foram: 1) Estimar a incidência de HA em idosos em 6 anos e seus fatores de risco; 2) Avaliar a associação entre diferentes níveis de HA e desfechos relacionados em idosos após 6 anos; 3) Avaliar a associação entre HA e a mortalidade em idosos entre 2000 e 2016. Este é um estudo longitudinal com dados do estudo SABE - Saúde, Bem-estar e Envelhecimento, que possui uma amostra probabilística representativa de idosos residentes na cidade de São Paulo. Para os objetivos 1 e 2 foram utilizados os dados coletados nas duas últimas ondas do estudo até o momento (2010 e 2016), e para o objetivo 3 foram utilizados os dados de todas as ondas do estudo (2000, 2006, 2010 e 2016). Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para avaliar os fatores de risco para incidência de HA em 2016 e para a análise entre diferentes categorias de HA e ocorrência de desfechos em 2016. Para análise de associação entre HA e mortalidade foram utilizados modelos de regressão de Cox e Cox com variável tempo dependente. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares estatísticos Stata versão 14.0 em modo survey e no R versão 4.1.1 utilizando o pacote survey. Toda a análise estatística foi realizada incorporando os pesos amostrais, para manter a representatividade da população na amostra estudada. Em 2010, 19,6% não tinham hipertensão, 33,8% apresentavam HA controlada, 38,7% apresentavam HA não controlada e 7,9% apresentavam HA resistente. A incidência acumulada de HA em 2016 foi de 36,1%. Foram fatores associados à incidência de HA: idade a partir de 75 anos, pré-hipertensão, hipercolesterolemia isolada, diabetes, consultas no último ano e doença coronariana em 2010. Incidência de baixa filtração glomerular (FG) foi o desfecho mais observado em 2016 entre os idosos hipertensos. Foi encontrada associação entre HA não controlada e incidência de sintomas depressivos (RR: 2,1 - IC995% 1,0-4,4) e entre HA resistente e a incidência de baixa FG (RR: 2,1 - IC95% 1,1-4,0 em comparação aos normotensos e RR: 1,8 - IC 95% 1,0-3,2 em comparação aos hipertensos controlados). Pressão de pulso (PP)≥66 mmHg foi associada a mortalidade por doenças coronarianas entre 2010 e 2016 (HR: 4,2 - IC95% 1,1-15,9). A mortalidade por doenças cerebrovasculares manteve-se associada de maneira significativa à presença de HA entre 2000 e 2016 (HR: 2,6 IC95% 1,3-5,5). Mais de um terço dos idosos sem hipertensão se tornou hipertenso em 6 anos, sendo essa progressão mais comum entre aqueles que já possuíam um pior estado geral de saúde. Ter HA, principalmente não controlada ou resistente, foi associado à incidência de piores desfechos de saúde ao longo do tempo. A avaliação da associação entre HA e seus desfechos fatais e não fatais em um estudo populacional evidencia a importância da prevenção e controle da HA e, consequentemente, a diminuição de suas diversas consequências. |