Cartografias políticas de uma ocupação - cotidiano, território e conflito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Renato Abramowicz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-23072018-175417/
Resumo: Esta pesquisa busca analisar as ocupações de imóveis no centro de São Paulo, tomando como campo empírico para investigação a ocupação Mauá, localizada na rua de mesmo nome, em frente à Estação da Luz, na região da Luz. A pesquisa pretendeu compreender as ocupações a partir de dimensões urbanas e políticas nelas envolvidas e por elas produzidas, em um plano de referência mais amplo no qual estão inseridas: a cidade. Esta pesquisa pretende avançar essa investigação encarando a ocupação não apenas como cenário dos acontecimentos, mas como espaço de integração e produção de relações, dinâmicas e arranjos, políticos e urbanos, ao redor do qual uma série de outros atores, coletivos e circuitos se atravessam, se sobrepõem e se transformam. A ocupação se integra e é afetada pela cidade, do mesmo modo que aquilo que se articula a partir dela também se projeta e se conecta com outras territorialidades, agentes e acontecimentos que constituem esse plano mais amplo e comum em que estão inseridos. Para dar conta de acompanhar e descrever essas escalas variadas de dimensões, realizou-se, nesta pesquisa, uma etnografia desenvolvida a partir da ocupação. As trajetórias sociais, mobilidades e percursos urbanos, circuitos de trabalho e sociabilidade construídos pelos ocupantes são também aspectos fundamentais na construção de cartografias urbanas e políticas que esta pesquisa buscou também reconstituir. A partir da ocupação, compreendida como ponto de onde partem e convergem diversas linhas que compõem uma trama de atores, percursos, eventos e práticas, em escalas variadas, buscou-se observar ainda as diferentes dinâmicas conflitivas que emergem desse campo gravitacional que ela representa, inserida, ela também, em uma região saturada de linhas de força e de conflito que é a da região da Luz.