Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Hypolito, Bárbara de Bárbara |
Orientador(a): |
Marzulo, Eber Pires |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/282346
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Resumo: |
Este trabalho de tese defende que as ocupações urbanas produzem uma cidade da diferença que se insurge em resposta ao modelo hegemônico e homogeneizador. No contexto brasileiro, marcado pela aliança entre as políticas do neoliberalismo financeiro e forças conservadoras reativas, que penetram na vida urbana capturando e colonizando territórios, subjetividades e formas de se viver nas cidades, também emergem ações de contestação e ruptura. Nesse sentido, o fenômeno das ocupações urbanas no Brasil, além de configurar um modo singular de resistência e enfrentamento, indica uma forma de luta espacializada no e por meio do território urbano promovida por corpos transgressores, organizados em agrupamentos e coletivos. Corpos que, impulsionados pelo desejo comum de habitar, [re]existir e resistir, engendram forças contra-hegemônicas disruptivas instaurando processos singulares de territorialização sobre os territórios ociosos da cidade, reativando-os, através da apropriação, da autogestão e da coletividade. Por meio de uma cartografia urbana dos afectos, aponta-se que o fenômeno das ocupações urbanas não se relaciona unicamente à problemática urbana das grandes cidades brasileiras; nas pequenas e médias cidades as ocupações também se alastram, impulsionadas pela carência de políticas públicas habitacionais e pela articulação com movimentos sociais de luta pelo direito à terra e à moradia. Em Pelotas/RS, o encontro com a ocupação Kilombo Urbano Canto de Conexão e seus agentes, apresenta a experiência de um processo de territorialização que desafia a lógica da propriedade privada e dos abandonos sociais locais, fomentando a produção de modos de subjetivação libertários que se expandem da casa, de maneira rizomática, conectando e expandindo o território. Os aportes teóricos que apoiam a tese agenciam teorias do planejamento urbano e da filosofia da diferença, na direção de uma escrita e de uma análise que não pretendem verdades, mas propõe uma possibilidade de investigação dos processos urbanos a partir da correlação entre corpo, cidade, subjetividade, movimentos de resistência e afectos. |