Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Larissa Gdynia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-06032023-122416/
|
Resumo: |
Esta tese é o resultado de uma investigação etnográfica sobre a lógica de produção social do espaço urbano da metrópole paulista, que toma como prisma privilegiado de análise as ocupações de terras estabelecidas no extremo norte da capital a partir de 2015. Um período no qual as grandes intervenções públicas realizadas para a implantação do trecho norte do Rodoanel Mário Covas acirraram os conflitos em torno da terra, enquanto as progressivas crises econômicas vividas no país desestabilizaram as condições do morar e viver de uma parcela crescente da população, a qual encontra nessas ocupações uma alternativa habitacional, ou um meio de compor renda diante de trabalhos precários e ganhos escassos. A conjugação destes elementos no território situado da zona norte de São Paulo desencadeou um processo de formação de novos territórios, que carregam traços históricos dos modos de fazer que pautaram a construção da cidade, ao mesmo tempo em que parecem introduzir novos elementos - o que, por consequência, transforma todo o processo. Assim, mais do que uma busca pelo que há de novo e de permanência nas dinâmicas em torno da produção e gestão do espaço urbano, interessa-nos compreender a ordem de questões que estão postas diante de um mundo social e urbano constituído em meio a tramas sociais e territórios que se configuram em uma conjuntura atravessada por processos variados de despossessão e precarização das condições de vida, também pela expansão das relações mercantis e dos circuitos econômicos formais e informais, legais e também ilegais e ilícitos, que fazem da precariedade um elemento de gestão e de negócio, de outro lado. As ocupações de terra são o nosso atalho para responder a algumas dessas questões, bem como para lançar outras tantas. |