Estudo prospectivo, randomizado e duplo cego dos efeitos da intervenção de terapia led transcraniana (TLTC) na fase aguda do traumatismo cranioencefálico grave

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, João Gustavo Rocha Peixoto dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-29112022-110512/
Resumo: Introdução: o traumatismo cranioencefálico (TCE) e uma das causas mais frequentes de morbidade e mortalidade em todo o mundo, com impacto importante na qualidade de vida de suas vítimas. Devido a faixa etária acometida, os danos socioeconômicos para a sociedade são enormes. As consequências oriundas do TCE do ponto de vista neuropsicológico são dramáticas e incluem um espectro amplo de alterações comportamentais e sensitivo-motoras, o que acarreta comprometimento diverso da funcionalidade das vítimas. Dentre os novos recursos disponíveis, a estimulação com laser/LED pela da técnica de terapia LED transcraniana (TLTC) vem sendo proposta como uma nova técnica com resultados positivos em pesquisas relacionadas ao tratamento de pacientes com quadro neurodegenerativo. Objetivo: Na fase aguda do TCE grave, avaliar os efeitos do TLTC na reabilitação funcional de pacientes 3 meses após o trauma. Método: Ensaio clínico randomizado controlado, duplo cego, de pacientes na fase aguda de traumatismo cranioencefálico grave que corresponderem aos demais critérios de elegibilidade foram divididos de maneira aleatória e cega em dois grupos: Grupo A (n=16) receberam estimulação TLTC e Grupo B (n=16) receberam estimulação sham. Todos os pacientes passaram por avaliação neuropsicológica 3 meses após o trauma. Resultados: Trinta e dois pacientes foram inclusos, tendo vinte e cinco retornado aos 3 meses para avaliação, sendo 13 do grupo ativo de 12 do grupo placebo. A Mediana da idade foi de 31 anos (IIQ 24-40,5). Todos os pacientes do estudo foram destros. Em relação aos mecanismos de trauma, 28 pacientes tiveram lesões por trauma direto (96,5% IC95% 82,2-99,9), 20 pacientes tiveram lesões por mecanismos de aceleração-desaceleração (68,9% IC95% 49,1- 84,7) e 2 sofreram com mecanismo de golpe/contragolpe (6,9% IC95% 8,5- 22,7). A mediana da escala de coma de Glasgow na cena foi de 7 (IIQ 6-13). Já a mediana do escore da ECG na admissão foi de 6 (IIQ 3-6). Não houve diferença estatística na recuperação cognitiva dos pacientes com TCE grave comparando os grupos ativo x sham (p = 0,6862); foi encontrada melhora no domínio integração domiciliar do Questionário de Integração Comunitária (QIC) Conclusão: A recuperação cognitiva de pacientes com TCE grave após terapia com LED não apresentou melhora significativa, mas uma melhora relevante foi observada quando o domínio integração domiciliar do QIC foi avaliado