Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Ana Beatriz Vilela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-03102022-095652/
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Resumo: |
Nesse trabalho, o vanadato de prata nanoestruturado decorado com nanopartículas de prata (AgVO3) foi incorporado à três cimentos endodônticos de diferentes composições, com a finalidade de promover atividade antimicrobiana, auxiliando na redução de micro-organismos nos canais radiculares após o tratamento endodôntico. O AgVO3 foi incorporado aos cimentos comerciais AH Plus, Sealer 26 e Endomethasone N, nas concentrações de 0% (sem AgVO3), 2,5%, 5% e 10% (em massa), e avaliou-se: (1) a atividade antimicrobiana dos cimentos recém-manipulados (n=10) e após a presa (n=9) frente a Enterococcus faecalis; (2) o potencial genotóxico para fibroblasto gengival humano (FGH) tratado com os extratos dos grupos experimentais (24h e 7 dias), através dos ensaio de viabilidade celular zero horas (T0) e 24 horas (T24) após o tratamento, ensaio de morte celular por apoptose ou necrose, e genotoxicidade (n=3); (3) as propriedades físico-químicas de topografia de superfície e composição química, solubilidade (n=9), pH (n=10) e liberação de íons prata (Ag+) e vanádio (V4+/V5+) (n=3). Os dados foram avaliados por ANOVA e pós-teste de Tukey HSD para a atividade antimicrobiana dos cimentos após a presa, solubilidade e ensaios genotóxicos; Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn para a atividade antimicrobiana dos cimentos recémmanipulados e liberação de íons; análise de variância de dois fatores de Friedman para o pH (α=0,05); e análise descritiva para a topografia de superfície e composição química. Os resultados demonstraram que cimentos recém-manipulados inibiram o crescimento de E. faecalis (p>0,05). Os cimentos após a presa Sealer 26 (5 e 10%) e Endomethasone N (2,5, 5 e 10%) apresentaram maior atividade antimicrobiana (p<0,05). A viabilidade de FGH logo após o tratamento (T0) foi maior que em 24 horas após o tratamento (T24) (p<0,05). Observou-se uma sinergia entre os componentes dos cimentos e do nanomaterial na redução da viabilidade, que ocorreu nas maiores concentrações de AgVO3 e no extrato de maior tempo (p<0,05). O AgVO3 não induziu quebras no DNA (p>0,05) e apoptose em FGH (exceto AH Plus 10% - extrato 7 dias, p<0,05). A incorporação alterou as proporções atômicas dos componentes dos cimentos e a distribuição topográfica. A solubilidade do AH Plus e Sealer 26 não foi afetada pelo nanomaterial (p>0,05), e o Endomethasone N 5% apresentou redução da solubilização (p<0,05). Os grupos do AH Plus apresentaram pH ácido, e do Sealer 26, pH básico após 30 dias. O Endomethasone N 5 e 10% apresentaram diferença estatística no pH em relação ao 0% (p<0,05). A liberação de Ag+ e V4+/V5+ foi maior em 24 horas e proporcional à concentração de AgVO3 incorporada. Os grupos do AH Plus liberaram mais Ag+, e do Sealer 26 e Endomethasone N, mais V4+/V5+. Concluiu-se que o AgVO3 incorporado aos cimentos avaliados promove atividade antimicrobiana, principalmente aos grupos Sealer 26 (5 e 10%) e Endomethasone N (2,5, 5 e 10%); não induz quebras no DNA e apoptose em FGH (exceto AH Plus 10% - extrato 7 dias), e influencia na citotoxicidade em sinergia com os componentes dos cimentos; promove alterações na porcentagem atômica e topografia dos cimentos; influencia na solubilidade e pH do Endomethasone N 5% e 10%; e promove maior liberação de íons em 24h. |