Staphylococcus aureus em pessoas vivendo com HIV/aids hospitalizadas e as interfaces com a adesão à terapêutica antirretroviral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pio, Daiana Patricia Marchetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-31072019-150616/
Resumo: O estudo objetivou identificar a colonização nasal por Staphylococcus aureus em PVHA hospitalizadas e relacionar com adesão a TARV. Trata-se de um estudo transversal, realizado em duas unidades de cuidados especializados às doenças infecciosas de um hospital universitário, do interior do Estado de São Paulo. A coleta de dados ocorreu no período entre 01 de agosto de 2011 e 31 de janeiro de 2015, procedida do levantamento dos dados sociodemográficos, clínicos e imunológicos; os quais foram obtidos através do prontuário e entrevista individual; da coleta de duas amostras de swab nasal; e da identificação da retirada dos medicamentos antirretrovirais, através do SICLOM. Todos os aspectos éticos foram contemplados. Os swabs foram coletados, encaminhadas e processadas pelo Laboratório de Microbiologia e Sorologia onde foram utilizados cartões AST-P585 para avaliar a sensibilidade dos Staphylococcus aureus aos antibióticos. A organização dos dados foi feita no Microsoft® Office Excel® 2010 for Windows 8 e transportada para o software IBM® SPSS®, versão 23.0 for Windows para a análise descritiva e analítica. Utilizouse o procedimento PROC LOGISTIC do software SAS 9.4®, para a análise exploratória pela variável resposta. Adotou-se o nível de significância de todos os testes de 5%. Dos 236 participantes elegíveis, a maioria era do sexo masculino (59,3%), na faixa etária entre 40 e 49 anos (48,3%), de etnia branca (66,1%), procedente de Ribeirão Preto-SP (59,7%), com ensino primário incompleto (40,2%), com ocupação profissional (52,5%), heterossexual (81,8%) e não teve parceria sexual nos últimos 6 meses (57,6%). Houve a predominância do tempo de diagnóstico pelo HIV em > 5 e <= 10 anos (44,4%), a contaminação se deu pela via sexual (66,1%), a admissão foi via o ambulatório da intituição (45,5%), a carga viral foi detectável (56,4%), a contagem de linfócitos T+ CD4 foi menor que 350 células/mm3 (61,8%), a antibioticoterapia estava prescrita (65,3%), assim como a terapia antirretroviral (51,7%) e haviam recebido procedimentos invasivos (67,4%). Quanto a colonização nasal por Staphylococcus aureus, 36,0% foram identificados como colonizados, no primeiro dia de internação hospitalar. Dos 137 participantes que permaneceram internados no sétimo dia, em 37 (27,0%) houve a identificação da colonização nasal por Staphyloccocus aureus. Quanto a classificação da adesão aos medicamentos antirretrovirais, houve o predomínio dos participantes na categoria de adesão indesejável (67,8%). Concluiu-se que a prevalência da colonização nasal por Staphylococcus aureus foi de 38,13%. A classificação quanto a categoria da adesão aos antirretrovirais interfere na presença/ausência da colonização nasal por Staphylococcus aureus, assim as PVHA hospitalizadas e categorizadas em adesão indesejável possuem 2,597 vezes o risco de obter presença de colonização nasal por Staphylococcus aureus, em relação àquelas classificadas na categoria de adesão desejável