Proposta de referencial teórico de paradigma interseccional e decolonial para a formação inicial de docentes de LE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferri, Solange Aparecida Cavalcante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-18052023-113501/
Resumo: Este trabalho é a proposta de um Referencial Teórico de Paradigma Interseccional e Decolonial, em fase de elaboração, cujo objetivo é analisar e/ou elaborar materiais para a formação inicial de docentes de língua estrangeira (LE). O conceito de interseccionalidade, cunhado por Kimberlé Crenshaw em 1989, e posteriormente trazido para os estudos decoloniais por María Lugones, aponta para a superposição de categorias de diferenciação (opressões) materializadas sobre sujeitos marcados pela colonialidade do poder, do ser e do saber em termos de raça, gênero, classe, orientação sexual, etnia, origem, religião, idade etc. o que irá determinar o modo como esses sujeitos irão viver e morrer. No Referencial proposto, são apresentados em termos interseccionais os sujeitos implicados no percurso da formação inicial docente (os da comunidade escolar da rede pública estadual paulista em seu contexto urbano). O Referencial também analisa elementos colonializados/colonializantes do processo ensino-aprendizagem, a saber: a hybris do ponto zero (ou pretensão da neutralidade e da universalidade científica); questões do arcabouço institucional (currículo, normas, leis e diretrizes); método; linguagem colonializada e também questões sobre a formação inicial de docentes de LE. O peso da(s) colonialidade(s) sobre nossos corpos, saberes e espiritualidades torna imprescindível que estudos sobre formação inicial docente reconheçam tanto a pertinência da interseccionalidade quanto a necessidade da ação decolonial de resistência e de insurgência na formação de futuras e futuros docentes, na perspectiva do letramento social, da gramática e da pedagogia decoloniais