Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Joaquim, Bruno dos Santos [Unifesp] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70812
|
Resumo: |
A presente tese tem por objetivo analisar as possíveis contribuições teóricas das perspectivas decoloniais para potencializar a Educação Jovens e Adultos (EJA) escolar, suportada pelo letramento digital, em face do enfrentamento da colonialidade do saber. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa configura-se como um ensaio teórico-conceitual baseado nos saberes de experiência advindos da minha trajetória como docente, coordenador e pesquisador da EJA e tendo como pano fundo os Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), unidades escolares do estado de São Paulo dedicadas exclusivamente à modalidade. O marco teórico de referência ergue-se em meio à intersecção de três campos de pesquisa: a) os estudos decoloniais, com foco na pedagogia decolonial, que alicerça a construção teórico-reflexiva de toda a pesquisa; b) o campo da educação de jovens e adultos, com destaque para a compreensão das condições dos seus sujeitos, subalternizados pela colonialidade, pelo capitalismo e pelo cisheteropatriarcado, e para a filosofia da educação ao longo da vida; c) os estudos sobre linguagem hipermídia, colonialismo digital e letramento digital, este último analisado a partir de uma perspectiva sociocultural e crítica. Os indícios teóricos demonstram que da intersecção desses campos emana um grande potencial para se pensar a transgressão da colonialidade do saber no contexto de EJA escolar. Este diálogo subsidiou a proposta ora apresentada de uma agenda insurgente composta por seis programas de descolonização da EJA escolar, suportados e potencializados pelo letramento digital: a) decolonizar a narrativa dominante sobre a EJA; b) decolonizar a produção do saber no interior da EJA; c) decolonizar a linguagem na EJA; d) decolonizar a didática na EJA; e) decolonizar o espaço e o tempo da EJA; f) construir uma EJA antirracista, anticapitalista e anticisheteropatriarcal. Considera-se que o letramento digital pode potencializar e suportar essa agenda, pois é essencial para o pleno exercício da cidadania na sociedade em rede, possibilitando o ativismo político, a resistência à colonialidade do saber e o acesso à produção cultural e científica global, de modo a viabilizar o diálogo intercultural em todos os ciclos de vida. |