Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Abdala, Franciele Aline Norberto Branquinho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-27022024-114316/
|
Resumo: |
Introdução: Além dos comprometimentos respiratórios e imunológicos decorrentes da COVID-19, é comum o comprometimento do sistema renal. Apesar da vasta literatura encontrada abordando a injúria renal aguda associada à COVID-19 (IRA-COV), poucos estudos oriundos de países de baixa renda, retrataram aqueles que necessitaram de hemodiálise durante sua hospitalização, sendo que dados sobre a funcionalidade desses pacientes raramente foram explorados. Métodos: Analisamos dados retrospectivos de pacientes com IRA-COV grave que necessitaram de hemodiálise durante sua hospitalização no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil. Desses pacientes, internados durante o período de março de 2020 a setembro de 2021, coletamos dados demográficos e variáveis assistenciais, incluindo dependência de HD na alta hospitalar. Também analisamos óbito intra hospitalar e capacidade funcional dos sobreviventes. Resultados: Foram incluídos no estudo 1.176 pacientes. A média geral de idade foi de 60 anos e 65,9% desta amostra foi composta pelo sexo masculino. As principais comorbidades foram hipertensão (52,8%) e DM II (36,8%). A taxa de mortalidade da amostra dos pacientes com IRA-COV grave foi de 76% (n=896). Oitocentos e quarenta e nove pacientes foram submetidos a modalidade de diálise intermitente, sendo que 612 (72%) pertencentes a esta modalidade foram a óbito. A dependência da hemodiálise na alta hospitalar foi encontrada em 47 sobreviventes (17%). Idade avançada, e a diálise intermitente estiveram associadas à maior probabilidade de óbito. Um maior número de atendimentos fisioterapêuticos esteve associado a diminuição da probabilidade de óbito. A maioria dos sobreviventes (67%) apresentaram algum nível de dependência funcional. Conclusão: Alta letalidade em pacientes com IRA-COV submetidos a hemodiálise, sendo que idade avançada, e a diálise intermitente parecem ser fatores associados à maior probabilidade de óbito. Receber assistência fisioterapêutica esteve associada com diminuição da probabilidade de óbito. A capacidade funcional dos sobreviventes está comprometida na pós alta da UTI |