Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Patricia Madalena San Gregorio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-20052019-143814/
|
Resumo: |
A desnutrição é uma condição clínica decorrente da deficiência de um ou mais nutrientes essenciais para homeostase do organismo. Em crianças continua a ser um dos problemas mais graves de saúde pública no mundo, em virtude de sua grandeza e consequências desastrosas para o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência, o acarretando graves comprometimentos na idade adulta. O osso é extremamente sensível a mudanças metabólicas, hormonais e nutricionais. Alterações internas e externas ao organismo podem interferir na aquisição de massa óssea máxima, levar a doenças osteometabólicas e afetar o crescimento de ossos longos. Uma alimentação adequada, com fornecimento de todos os nutrientes necessários ao organismo é crucial para o desenvolvimento do sistema esquelético. No entanto, os estudos de qualidade óssea e crescimento no desnutrido ainda são poucos na literatura. Sendo assim, o nosso objetivo foi avaliar os efeitos da restrição alimentar no tecido ósseo (trabecular e cortical) e na cartilagem de crescimento de ratos em crescimento. Neste estudo, a qualidade do tecido ósseo e da cartilagem de crescimento das tíbias foi analisada em ratos normais e desnutridos. Foram utilizados 72 ratos machos, com massa corpórea inicial de 70 a 80 gramas, que permaneceram alojados em gaiolas individuais e foram aleatoriamente divididos em 2 grupos experimentais com dois subgrupos cada, conforme o tempo de exposição à restrição alimentar: CON1: ratos normais, observados por 56 dias; RA1: ratos submetidos à restrição alimentar, observados por 56 dias; CON2: ratos normais, observados por 70 dias; RA1: ratos submetidos à restrição alimentar, observados por 70 dias. A desnutrição foi induzida por meio da restrição alimentar em 50%, ou seja, metade da quantidade ingerida pelos animais controles. Ao término do período experimental, após 56 e 70 dias, os ossos foram submetidos às análises macroscópica, microtomografia computadorizada (avaliação qualitativa e quantitativa da microestrutura óssea), densitometria óssea (DXA), microscopia óptica (caracterização dos tecidos), histomorfometria (quantificação de colágeno e volume trabecular), de expressão gênica e ensaio mecânico (avaliação da resistência mecânica). O nível de significância estatística foi de 5%. Embora a desnutrição não tenha resultado em alterações na expressão gênica, várias alterações fenotípicas foram observadas na cartilagem de crescimento (diminuição do volume; redução da área total, área de ossificação e espessura; alterações celulares nas zonas hipertrófica e proliferativa; tecido mais fraco na resistência ao cisalhamento), osso trabecular e cortical (redução no tamanho e massa óssea; menor densidade óssea; deterioração na microarquitetura trabecular e cortical e; menos trabéculas com menor deposição de colágeno). Concluiu-se que a restrição alimentar causou efeitos deletérios para a cartilagem de crescimento, osso trabecular e cortical, indicando interferência nos mecanismos de ossificação osteocondral e intramembranosa. |