Efeito da suplementação com pectina na dieta de equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Raphaella Arantes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-09092022-100623/
Resumo: Este estudo objetiva avaliar a adição de diferentes teores de pectina na dieta de equinos submetidos à alta inclusão de amido. Foram utilizados oito equinos machos, castrados, da raça Puro Sangue Árabe, de peso médio de 439,75kg ± 34,89kg e 12 anos de idade. Foram fornecidos 1,75% do peso corpóreo (PC) em matéria seca, em duas refeições diárias, com água e sal mineral ad libitum. O delineamento experimental foi o quadrado latino duplo 4×4 contemporâneo, com as quatro dietas avaliadas em quatro períodos de 22 dias cada. Para tal, 15 dias foram destinados à adaptação a dieta, 5 dias para a coleta total de fezes (CTF) e 2 dias para a coleta de conteúdo estomacal. Estes períodos foram intercalados por 15 dias de wash out. Dieta basal de referência (DB) obedeceu a relação 40% volumoso Cynodon spp. e 60% ração concentrada com alto teor de amido (4,3 g.Kg-1 de PC por dia). A superfibra utilizada resultou em 39,3% de pectina na matéria seca. Os grupos de tratamentos foram: CON) DB sem adição de superfibra; 2) DB + 120 g.dia-1 de superfibra; 3) DB + 240g.dia-1 de superfibra; 4) DB + 360g.dia-1 de superfibra. Foi utilizado um nível de significância de 10% para os testes estatísticos, além do contraste ortogonal para as análises de IgA, ao nível de 5% de significância. A resposta metabólica pós-prandial foi avaliada pela determinação dos índices glicêmicos e insulinêmicos, metabolismo de triglicérides, colesterol e frações HDL, LDL e VLDL. A resposta fermentativa a nível estomacal e fecal foi indicada pela determinação do pH, concentrações de ácido lático e ácidos graxos de cadeia curta. Ainda, o escore fecal foi avaliado quanto a cor e consistência. A atividade microbiana foi dada pelo sequenciamento do gene 16S rRNA quanto às diversidades alfa e beta. A atividade inflamatória foi avaliada por meio de ultrassonografia transabdominal, fibrinogênio plasmático e concentração de IgA fecal. O comportamento foi avaliado individualmente e em grupo, por meio de etograma. O coeficiente de digestibilidade do extrato etéreo foi maior (P = 0,0134) para o tratamento P1. As concentrações de IgA fecal foram maiores (P<0,0001) no grupo P2 e P3 pelo teste de Tukey e diferente entre todos os tratamentos (P<0,0335) por contraste ortogonal. A superfibra fonte de pectina foi totalmente aceita e consumida pelos cavalos. No comportamento avaliado individualmente, foi observada a redução do ócio para P3 (P=0,0032). A suplementação com pectina não interfere na aceitabilidade, afeta o coeficiente de digestibilidade do extrato etéreo, interfere na concentração de IgA fecal e melhora o comportamento dos equinos.