Efeito de treinamento físico e inclusão de levedura viva na dieta sobre a digestibilidade dos nutrientes, parâmetros fisiológicos, de saúde digestiva e condicionamento físico de cavalos Puro Sangue Árabe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Costa, Regina de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-25022016-161917/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar as implicações da suplementação com levedura viva Saccharomyces cerevisiae e de um programa de treinamento físico de baixa intensidade sobre a digestibilidade dos componentes da dieta (MS, PB, EE, FDN, FDA, MO e amido), a resposta glicêmica e insulinêmica, perfil sérico de triglicerídeos, colesterol total e frações (HDL-C; LDL-C; VLDL-C), bem como mensurar a produção dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) butírico, acético e propiônico, quantificar levedura viva nas fezes, avaliar o pH fecal, a população microbiana nas fezes e os níveis séricos de endotoxinas, além de mensurar a frequência cardíaca dos animais em exercício físico e na recuperação. Foram utilizados dez cavalos da raça Puro Sangue Árabe, machos, castrados, com idade média 72±7,5 meses e peso médio de 473±34,75 kg, alojados em baias individuais, alimentados com dieta constituída de 2% do PC em MS/dia, divididos em 0,75% de concentrado comercial multiparticulado e 1,25% de feno de gramínea (Cynodon dactylon sp. cv Tifton-85). Os tratamentos foram divididos em controle (sem adição de levedura) e suplementados (adição de 15g/dia de levedura viva Saccharomyces cerevisiae) em uma fase sem exercício e outra fase com exercício físico. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com esquema fatorial 2x2 e os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F. Para os coeficientes de digestibilidade observou-se efeito de exercício para os coeficientes de digestibilidade da MS, MO, FDN, FDA e PB (P<0,05). Para a variável EE observou-se interação da inclusão de levedura e exercício físico (P<0,1). O amido não apresentou efeito de tratamentos (P>0,1). Para os níveis plasmáticos de glicose observou-se efeito de exercício (P=0,015). Os níveis séricos de insulina não apresentaram efeito de tratamentos (P>0,1). Para triglicérides e VLDL-C não foi observado efeito de tratamentos (P>0,1). O CT, HDL-C e LDL-C apresentaram efeito de interação da inclusão de levedura e exercício (P<0,1). Para a produção de AGCC nas fezes com base na matéria original (MO) não houve efeito para os ácidos acético e butírico (P>0,1), no entanto, observou-se efeito da inclusão de levedura na produção do ácido propiônico (P=0,052). A quantificação de levedura viva nas fezes demonstrou efeito de interação da inclusão de levedura e exercício (P<0,001). Os resultados de pH apontaram efeito de interação da inclusão de levedura e exercício físico para as faixas de horário 1 (P=0,050) e 2 (P=0,080) e efeito de exercício para as faixas 3 (P<0,007) e 4 (P=0,001). Os resultados do perfil bacteriano nas fezes apontaram efeito de exercício para Fibrobacter succinogenes (P=0,083) e de interação da inclusão de levedura e exercício para Lactobacillus genus (P=0,020); não foi observado efeito de tratamentos para Ruminococcus flavenfaciens (P>0,1). Para os níveis séricos de endotoxinas, observou-se efeito de interação da inclusão de levedura e exercício (P=0,689). A FC dos animais em exercício demonstrou efeito de tempo durante o exercício (P<0,001). Para a FC de recuperação, foi possível observar interação da inclusão de levedura e exercício físico (P=0,020). A inclusão de levedura viva S. cerevisiae na dieta de equinos influencia a produção de AGCC propiônico. O exercício físico de baixa intensidade influencia os coeficientes de digestibilidade da MS, MO, FDN, FDA e PB, os níveis plasmáticos de glicose e a quantificação de Fibrobacter succinogenes nas fezes. A inclusão de levedura viva S. cerevisiae na dieta e o exercício físico influenciam o coeficiente de digestibilidade do EE, níveis séricos de HDL-C e LDL-C, a quantificação de levedura viva nas fezes, os níveis séricos de endotoxinas, o pH fecal, a quantificação de Lactobacillus genus nas fezes e a frequência cardíaca de recuperação pós-exercício. O tempo de exercício em cada velocidade influencia a frequência cardíaca dos animais durante o exercício físico