Dietas, prebiótico e probiótico e seus efeitos sobre o microbioma intestinal de equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Franzan, Bruna Caroline lattes
Orientador(a): Silva, Vinicius Pimentel
Banca de defesa: Silva, Vinicius Pimentel, Manso Filho, Cordeiro, Costa, Márcio Carvalho, Coelho, Irene da Silva, Almeida, Maria Izabel Vieira de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9242
Resumo: A microbiota intestinal tem importância fundamental na nutrição e na saúde dos equinos e é influenciada por diversos fatores. Esse trabalho teve como objetivo avaliar uma dieta completa extrusada (CED) na alimentação de equinos e os fatores dietéticos que influenciam o microbioma fecal. Os equinos alimentados com a CED tiveram menor consumo de água e fibra, maior consumo de matéria seca (MS), extrato etéreo e energia bruta, menor produção e pH fecal. A digestibilidade da MS, matéria orgânica, extrato etéreo, proteína bruta e energia bruta foram superiores na CED. O tempo médio de retenção da digesta (TMR) da CED foi menor quando comparado a dieta de feno de Coastcross (CHD) quando estimado pelo marcador LIPE®. A abundância relativa do filo Actinobacteria foi maior após 28 dias de consumo de CHD comparado a 7 dias de consumo. A adaptação gradual de equinos ao consumo de CED afetou os filos Verrucomicrobia, Synergistetes, Tenericutes e Lentisphaerae. A inclusão de 30% de CED na dieta afeta a abundância de grupos bacterianos relacionados a atividade fermentativa, entretanto, a diversidade de espécies bacterianas das fezes foi mantida até o momento de consumo de 60% CED e 40% de CHD. A troca abrupta do CHD para CED resultou em redução do pH fecal 96 horas após a troca e redução da diversidade de espécies bacterianas 24 horas após a troca. Além disso, afetou os filos Bacteroidetes, Firmicutes, Verrucomicrobia, Proteobacteria, Elusimicrobia e Actinobacteria. A troca abrupta da CED para CHD resultou em redução do pH fecal em 24 horas após a troca e aumento da diversidade de espécies bacterianas 96 horas após a troca. Além disso, afetou os filos Synergistetes e Lentisphaerae. Por fim, ambas as trocas de dietas resultaram no aumento da abundância relativa de OTUs classificadas como Bacteroidetes e Treponema 24 horas após a troca. A suplementação com prebiótico inulina (PRE), probiótico Saccharomyces cerevisiae (PRO) e simbiótico inulina + Saccharomyces cerevisiae (SIM) não influenciou os índices de diversidade bacteriana observadas nas fezes de potros no período de desmame. A suplementação com PRE aumentou a classe Bacilli nas fezes dos potros lactentes em comparação ao grupo controle. O pH fecal dos potros suplementados com PRE foi superior ao grupo controle. A suplementação com PRO e SIM aumentou as classes Erysipelotrichia e Saccharimonadia, respectivamente, após três dias de consumo, entretanto, o efeito não foi prolongado. Além disso, houve diferença dos microbiomas fecais entre os sexos dos potros. Portanto, conclui-se que a CED pode ser usada na alimentação de equinos, desde que seja feito adaptação gradual. A composição da dieta e a suplementação com aditivos afetam o microbioma fecal de equinos e sua resposta a mudanças dietéticas.