Uso de Saccharomyces cerevisiae na proteção de plantas de sorgo (Sorghum bicolor), maracujá azedo amarelo (Passiflora edulis) e eucalipto (Eucaliptus spp.) contra fitopatógenos fúngicos e bacterianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Piccinin, Everaldo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220207-195335/
Resumo: O trabalho visou comprovar a eficiência de Saccharomyces cerevisiae (Fermento Biológico Fresco Fleischmann) no controle de fitopatógenos fúngicos bacterianos em sorgo, maracujá e eucalipto. Para o sorgo os ensaios foram os realizados ao nível de campo, sendo que os patógenos utilizados foram representados por Colletotrichum graminicola e Exserohilum turcicum e as cultivares Tx 398B (suscetível a C. graminicola) e 9107053 (suscetível a E. turcicum). A levedura foi aplicada na concentração de 25 mg/ml, 24 horas antes ou após as inoculações, além de aplicações semanais da mesma. Como controle, utilizou-se tratamentos com o fungicida Tilt (Propiconazole), além de um tratamento controle inoculado e outro não inoculado. Os ensaios foram avaliados semanalmente, visando a obtenção das taxas de progresso da doença para cada tratamento. Ao final do experimento, foi avaliada a produção em cada um dos tratamentos efetuados, sendo possível observar que o tratamento com levedura aplicada semanalmente propiciou uma redução na severidade da doença para ambos os patógenos e um aumento na produtividade de grãos equivalente ao do tratamento químico. Para o maracujá foram realizadas aplicações de levedura (25 mg/ml) 24horas antes ao após a inoculação da bactéria Xanthomonas campestris pv. passiflora. Os resultados evidenciaram uma redução no número de lesões locais em ambos os tratamentos com levedura e uma redução no número de infecções sistêmicas apenas para o tratamento efetuado 24 horas antes da inoculação do patógeno. Mudas de eucalipto receberam os mesmos tratamentos efetuados em maracujá, porém as plantas foram inoculadas com o fungo necrotrófico Botrytis cinerea, e mantidas sob duas condições de temperatura de 19°C e 15°C. Além disso, os tratamentos foram subdivididos em dois outros com folhas exibindo pequenas necroses, de no máximo 2mm, causadas por injúria química ou mecânica, de ocorrência comum em viveiros de mudas de eucalipto. Observou-se um controle eficiente do patógeno quando a levedura foi aplicada 24 horas após o fungo a temperatura de 19°C. Porém, o controle pela levedura foi reduzido quando da utilização de mudas com tecidos necrosados ou mudas mantidas a temperatura de 15°C. Os resultados obtidos no presente trabalho indicam a inexistência de especificidade no controle de diferentes fitopatógenos por S. cerevisiae, além do efeito de proteção ser inespecífico para o hospedeiro. Salienta-se, também, que não houve redução na produção de grãos por plantas de sorgo quando do emprego da levedura como indutor de proteção, o que demonstra a possibilidade do uso de S. cerevisiae ao nível de campo em estudos posteriores para o controle de fitopatógenos.