Biologia e manejo da planta daninha Borreria densiflora DC.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Martins, Bianca Assis Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-25072008-122909/
Resumo: A planta daninha vassourinha-de-botão (Borreria densiflora DC.) está apresentando aumento na sua infestação em áreas cultivadas com cana-de-açúcar e soja, respectivamente nos estados do Maranhão, Goiás e Tocantins. Observações de campo têm relatado a deficiência de controle químico sobre esta espécie, quando ocorre em estádio de crescimento avançado. Sendo assim, este trabalho objetivou classificar botanicamente B. densiflora DC., analisar a influência da luz e da temperatura na germinação desta espécie, seu crescimento, desenvolvimento e estruturas reprodutivas, sua susceptibilidade a herbicidas em condições de pré e pósemergência, e a influência da interação entre a profundidade de enterrio e a presença de palha em diferentes quantidades sobre a superfície do solo sobre a emergência desta planta daninha. A classificação botânica foi realizada na Facultad de Ciencias Exactas y Naturales y Agrimensura - UNNE / IBONE, Argentina; o experimento que analisou a germinação sob diferentes condições foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes, do Departamento de Produção Vegetal da USP / ESALQ, e todos os demais experimentos foram conduzidos em casa-de-vegetação, do mesmo departamento. Todos os trabalhos foram conduzidos entre 2006 e 2007. Constatou-se que a planta daninha vassourinha-de-botão se trata da espécie Borreria densiflora DC., pertencente à família Rubiaceae. Com relação à germinação, constatou-se que a vassourinha-de-botão é fotoblástica positiva preferencial, uma vez que sua germinação é favorecida na presença de luz, respondendo diferentemente às condições de luz e temperatura estudadas. As maiores taxas de germinação e índices de velocidade de germinação foram alcançados em condição de fotoperíodo (12h) sob as temperaturas constantes de 30ºC e 35ºC e alternada de 20-30ºC. Praticamente, não houve germinação no escuro constante. Sobre o crescimento e desenvolvimento, observou-se que a planta daninha Borreria densiflora DC. é uma espécie com desenvolvimento inicial lento, de ciclo de vida perene simples, apresentado grande incremento nas variáveis massa seca total, taxa de crescimento relativo e de assimilação líquida entre os 26 e 36 dias após transplante (DAT). Ao final do experimento, os ramos se mostram como os compartimentos mais participativos na partição de fotoassimilados pela vassourinha-de-botão. Esta espécie é capaz de produzir, em média, 93.090 sementes por planta. Com relação ao manejo químico de Borreria densiflora DC., a maioria dos herbicidas promoveram controles considerados adequados, com exceção ao clomazone e MSMA, em condições de pré e pós-emergência, respectivamente. Sendo assim, várias opções de herbicidas e de misturas destes podem ser recomendadas para o manejo da planta daninha B. densiflora DC., tanto em condições de pré-semeadura quanto pré e pós-emergência. O estudo sobre a influência da interação entre profundidade da semente no solo e presença de palha de cana-de-açúcar na superfície do solo sobre a emergência desta espécie demonstrou haver interação entre os dois fatores testados, sendo que quanto maior a profundidade da semente no solo e a quantidade de palha sobre a superfície, menor é a porcentagem de emergência e biomassa fresca de B. densiflora DC. Tais resultados são importante na medida em que favorecem o entendimento da dinâmica populacional da B. densiflora DC., auxiliando o manejo integrado desta espécie.