Características biológicas e suscetibilidade a herbicidas de cinco espécies de plantas daninhas do gênero Amaranthus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Carvalho, Saul Jorge Pinto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-07032007-141229/
Resumo: As espécies de plantas classificadas no gênero Amaranthus são frequentemente encontradas infestando áreas agrícolas brasileiras, contudo existem poucos trabalhos que avaliaram as características biológicas e o controle destas espécies. Assim sendo, este trabalho foi conduzido com o objetivo de analisar a germinação, o crescimento e o desenvolvimento, estimar a área foliar, a competitividade e a susceptibilidade a herbicidas de cinco espécies de plantas daninhas do gênero Amaranthus As espécies de Amaranthus estudadas foram: A. deflexus (caruru-rasteiro), A. hybridus (carururoxo), A. retroflexus (caruru-gigante), A. spinosus (caruru-de-espinho) e A. viridis (caruru-de-mancha). O experimento que avaliou a germinação foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes e os demais em casa-de-vegetação do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP, Piracicaba - SP, no período compreendido entre março e dezembro de 2005. Com relação à germinação, constatou-se que variações na disponibilidade de luz e temperatura interferem em todas as espécies de Amaranthus, em que as maiores taxas de germinação foram obtidas em condição de fotoperíodo com alternância de temperatura (8h-luz-30°C / 16h-escuro-20°C). Em condições menos favoráveis, A. viridis e A. hybridus obtiveram maiores taxas de germinação que as demais espécies. Em geral, A. deflexus e A. spinosus foram as espécies de plantas daninhas que apresentaram os menores índices de velocidade de germinação. Sobre o crescimento e desenvolvimento, constatou-se que A. deflexus foi a espécie com ciclo vegetativo mais curto, menor acúmulo de massa seca e área foliar; por outro lado, A. retroflexus e A. hybridus foram aquelas que alcançaram os maiores valores para estas variáveis. A estimativa de área foliar demonstrou que a equação linear passando pela origem (Ar=a.(C.L)) foi adequada para ajustar a relação entre as medidas lineares do limbo e a área foliar real de todas as espécies. Com relação à competição, concluiu-se que a cultura do feijoeiro é melhor competidora que todas as espécies de plantas daninhas do gênero Aramanthus que foram utilizadas neste trabalho, quando cultivadas em igualdade de proporções. A. deflexus e A. viridis foram as espécies com a fenologia menos afetada pela competição com o feijoeiro; a competição intraespecífica foi a mais prejudicial à cultura do feijoeiro, o que sugere que os danos causados pelas plantas daninhas estão mais relacionados com as altas densidades em que estas ocorrem do que com a habilidade competitiva intrínseca das espécies. O controle químico obtido para as espécies de Aramanthus avaliadas neste trabalho demonstrou diferenças de susceptibilidade aos herbicidas aplicados em pósemergência, principalmente ao trifloxysulfuron-sodium e ao chlorimuron-ethyl, em que A. deflexus foi a espécie menos suscetível, seguido por A. spinosus, A. viridis, A. hybridus e A. retroflexus.