Expressão do RNAm da nefrina e da podocina no sedimento urinário de cães com erliquiose monocítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rosário, Samira Arruda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-11092024-090030/
Resumo: A erliquiose monocítica canina (EMC) é uma doença infecciosa multissistêmica com alta ocorrência em todo território brasileiro. O agente etiológico da EMC é a bactéria Ehrlichia canis (E. canis), que é transmitida aos cães pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. Cães com doenças infecciosas, incluindo a EMC, podem apresentar glomerulonefrites e, consequentemente, lesões podocitárias. Adicionalmente à detecção da proteinúria, a quantificação do RNAm relacionado aos podócitos na urina tem sido utilizada para a avaliação da integridade da barreira de filtração glomerular. O objetivo principal desta pesquisa foi avaliar a podocitúria em cães com EMC adquirida naturalmente, além disso, também foram avaliados parâmetros laboratoriais desses animais. Para isso, foram recrutados cães (n=23) de ambos os sexos, de qualquer raça, castrados ou não, os quais foram submetidos a exame físico geral, exames complementares de rotina, como hemograma, bioquímica sérica, urinálise e determinação da relação proteína/creatinina urinária (RPC), reação em cadeia de polimerase em tempo real (qPCR) para detecção de Ehrlichia spp., e detecção e quantificação do NPHS1 e NPHS2 no sedimento urinário utilizando a técnica de transcriptase reversa (rt) e qPCR. Os exames foram realizados de maneira pontual no primeiro atendimento dos animais. Os cães foram divididos em 3 grupos: controle (n=6), formado por cães clinicamente saudáveis e com qPCR negativo para Ehrlichia spp.; EMC1 (n=8), formado por cães assintomáticos e com qPCR positivo para Ehrlichia spp.; e EMC2 (n=9), formado por cães sintomáticos e com qPCR positivo para Ehrlichia spp. A contagem de eritrócitos e plaquetas, a concentração de hemoglobina e o hematócrito foram menores no grupo EMC2 em comparação aos grupos controle e EMC1, além disso, a atividade sérica de enzimas hepáticas foi maior no grupo EMC2 em relação aos demais. No grupo EMC1, não se observou proteinúria e a expressão relativa do NPHS1 e NPHS2 não diferiu do controle. No grupo EMC2, a proteinúria foi classificada como limítrofe e a expressão relativa do NPHS1 e NPHS2 foi menor em comparação aos grupos controle e EMC1. Dessa maneira, concluímos que os cães com EMC, assintomáticos e doentes, não apresentaram aumento da podocitúria no momento da avaliação, devido à baixa expressão do NPHS1 e NPHS2 no sedimento urinário.